Ciência, tecnologia e inovação
Escolas estaduais se destacam na Sinpete 2025 e conquistam 15 premiações em iniciação científica
Evento realizado pela Ufal reuniu projetos inovadores e sustentáveis de estudantes do ensino médio em Maceió
Dez escolas da rede estadual de ensino brilharam na edição 2025 da Semana de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica (Sinpete), realizada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) entre os dias 16 e 23 de outubro, no Campus A.C. Simões, em Maceió. As instituições somaram 15 premiações no maior evento de iniciação científica de Alagoas.
Entre as escolas premiadas estão: Ana Lins (São Miguel dos Campos), Rosalvo Lobo, Theonilo Gama, Profª Maria da Salete Gusmão de Araújo, Professora Benedita de Castro Lima, Tavares Bastos e Rodriguez de Melo (todas de Maceió), Graciliano Ramos (Palmeira dos Índios), Professora Izaura Antônia de Lisboa (Arapiraca) e Sebastião Felisberto de Carvalho (Barra de Santo Antônio).
A maior parte dos reconhecimentos foi concedida durante o Concurso Inova Edu, que reuniu propostas criativas e sustentáveis apresentadas por alunos do ensino médio.
Estação meteorológica premiada
A Escola Estadual Ana Lins, de São Miguel dos Campos, conquistou o 1º lugar na categoria Pesquisa Inovadora com o projeto de uma miniestação meteorológica voltada ao acompanhamento do clima local.
“Ela é capaz de medir dez variáveis climáticas, podendo ser transportada para qualquer lugar”, explicou o professor orientador Felipe Ventura. “Ela funciona à base de energia solar e baterias Li-Ion 18650”, completou a estudante Yasmin de Oliveira, que apresentou o projeto ao lado da colega Thalyta Amorim de Moraes.

O trabalho ainda recebeu Menções Honrosas da Força Aérea e do Exército Brasileiro. “Ficamos muito felizes com a premiação, trabalhamos bastante nesses últimos dias e agradeço o apoio de todos que estiveram ao nosso lado”, destacou o professor Felipe.
Primeira conquista e dobradinha de prêmios
A Escola Estadual Profª Maria da Salete Gusmão de Araújo, de Maceió, estreou na Sinpete com destaque: levou o 1º lugar nas categorias Produto Inovador e Prática Educacional Inovadora com os projetos Repoxipack: embalagens inteligentes para a redução do desperdício alimentar e Caminhos da Memória: a escola como agente de transformação.
“Foi uma experiência enriquecedora tanto para mim como para os alunos, que sairão daqui com uma nova visão de mundo. Um orgulho para nossa escola”, declarou o professor Ari Guimarães, orientador do Repoxipack.
Os alunos Kaio Vinicius de Albuquerque e Melkisedeq Felix celebraram o feito: “Foi surreal sermos premiados em nossa primeira participação na Sinpete”, disse Kaio. “Agradecemos o apoio de nosso professor e de todos que acreditaram em nosso potencial. Um momento que ficará na história”, completou Melkisedeq.

O professor Erick Oliveira também venceu na categoria Prática Educacional com um projeto de resgate da memória e da história da escola. “Este projeto só foi possível graças ao empenho de nossos alunos e a eles dedico essa premiação”, afirmou.
Inclusão e continuidade de projetos
A Escola Estadual Tavares Bastos, também de Maceió, conquistou sua segunda premiação consecutiva com o projeto Mudança Estudantil Tavares Acessível (Meta), que, após trabalhar a inclusão de alunos com deficiência visual em 2024, voltou este ano com foco na comunidade surda.
“O projeto nasceu do trabalho de alunos e professores comprometidos com a inclusão educacional. Este ano, decidimos estudar e trabalhar com alunos surdos e as dificuldades de aprendizagem identificadas”, contou a professora Carolina Rangel.
A aluna Sara Mical, que integrou o grupo premiado em 2024, voltou ao pódio em 2025: “É muito bom saber que o projeto está crescendo. Começamos em 2024 com o desenvolvimento de placas em braile e agora ampliamos para auxiliar pessoas surdas”, comentou.

Produção e valorização do saber ancestral
O professor Anderson Gomes, da Escola Estadual Graciliano Ramos, de Palmeira dos Índios, relatou que o engajamento dos alunos tem gerado diversos trabalhos premiados. “Temos atualmente 14 projetos em andamento com estudantes do 1º ao 3º ano. Para a Sinpete, trouxemos quatro deles”, informou.
Entre os destaques está o projeto Flor do Ciclo, desenvolvido pelas alunas Zemilly e Jordanna Vital, que valoriza o conhecimento ancestral das mulheres sertanejas por meio de produtos naturais da Caatinga, como bolsas térmicas, cremes e infusões com mastruz. “É uma forma de valorizar o saber ancestral das mulheres sertanejas”, afirmou Zemilly.
*Com informações da Ascom Seduc


