Alagoas conquistou um marco histórico com a emissão do primeiro certificado de Estabelecimento de Criação Livre de Brucelose, concedido pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) ao Instituto Federal de Alagoas – Campus Satuba.

A certificação foi entregue pelo assessor executivo de Defesa Agropecuária da Adeal, Caio Vieira, à diretora-geral do campus, Uilliane Faustino, após a unidade cumprir todas as diretrizes do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), aprovado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

Para manter o certificado, o estabelecimento deve apresentar testes de rebanho negativos para brucelose a cada 12 meses.

“Receber essa certificação mostra o nosso compromisso com a qualidade animal, com a formação técnica e com a biosegurança. É uma grande alegria para o nosso corpo docente ligado ao setor bovino”, declarou Uilliane Faustino.

Caio Vieira destacou os ganhos da conquista. “Esse certificado traz qualidade ao rebanho, valor comercial aos animais e produtos, além de benefícios à saúde pública. Que o exemplo do Campus Satuba incentive outros estabelecimentos a buscar a certificação”, afirmou.

A doença
A brucelose é uma zoonose causada por bactérias do gênero Brucella, que afeta animais e pode ser transmitida ao ser humano. A doença provoca abortos, nascimentos prematuros, infertilidade e outras complicações, gerando prejuízos à pecuária e riscos à saúde pública.

A transmissão ocorre pelo contato com fetos, placenta, secreções, objetos contaminados, inseminação artificial ou ambiente infectado. A prevenção inclui vacinação de fêmeas bovinas e bubalinas entre 3 e 8 meses de idade, exames periódicos e eliminação de animais positivos.

A vacinação só pode ser realizada por médicos veterinários ou auxiliares cadastrados na Adeal, com comprovação por atestado oficial.