O Presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Etanol no Estado de Alagoas – Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, participou essa semana como conferencista de uma mesa-redonda promovida pelo Centro de Ensino Superior de Maceió (Cesmac). O encontro, realizado no Campus Farol, na capital alagoana, teve como tema: “A crise Brasil x Estados Unidos: o tarifaço e a soberania”.

Na oportunidade, Nogueira, que também é Vice-Presidente do Conselho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), abordou os impactos das medidas econômicas - que foram adotadas no início do mês de agosto passado pelo governo Trump - nas exportações de Alagoas, com foco na comercialização do açúcar.

De acordo com o presidente do Sindaçúcr-AL, no caso de Alagoas, o tarifaço atingiu as cotas preferenciais de exportação de açúcar para os EUA correspondente a 80 mil toneladas por ano/safra, eliminando a sua viabilidade. “Essas cotas que por lei brasileira são exercidas por produtores/exportadores localizados na região norte/nordeste do Brasil totalizadas em cerca de 160 mil toneladas, onde Alagoas, pelo seu histórico de produção assume a metade da mesma. Essas exportações em volume correspondem a 15% do volume exportado de açúcar de Alagoas. Entretanto, em valor corresponde a 20% do valor total das exportações do setor no estado com valor em torno de 28 milhões de dólares”, afirmou ele, destacando que essas cotas são exercidas há cerca de 60 anos.

Além do dirigente do setor sucroenergético alagoano, o evento contou ainda com a participação do diplomata Miguel Gustavo Torres, que abordou a geopolítica e a diplomacia. Também participaram do debate a Professora Doutora Camila Herminda, economista da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que discutiu questões voltadas a economia, reciprocidade s soberania e o Coronel da Polícia Militar de Alagoas (PMAL), Mário da Hora, que abordou a temática das relações e poder militar.