Agro
Brasil terá 2ª maior safra de milho da história
O milho de segunda safra, ou safrinha, mantém sua relevância

A safra de milho do Brasil para 2024-25 deverá ser a segunda maior da história do país, com projeção de 127 milhões de toneladas, segundo estudo de Joana Colussi, Gary Schnitkey e Nick Paulson, do Departamento de Economia Agrícola e do Consumidor da Universidade de Illinois. O volume supera o registrado no ano passado e as estimativas anteriores, impulsionado pelas chuvas favoráveis em abril e maio, que beneficiaram as principais regiões produtoras da segunda safra, responsável por 78% da colheita total.
A previsão mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que a produção total, somando as três safras, deve alcançar 126,87 milhões de toneladas — 10% a mais que na temporada passada. Consultorias privadas, porém, apontam uma produção ainda maior, podendo chegar a 137,16 milhões de toneladas. O aumento não é reflexo de uma expansão expressiva da área cultivada, que subiu apenas 1,5%, mas sim do rendimento recorde estimado em 5,96 toneladas (99,4 sacas) por hectare, favorecido pela boa saúde das lavouras de milho safrinha no Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
O milho de segunda safra, ou safrinha, mantém sua relevância como motor da produção nacional, com expectativa de alta de 11% na colheita, atingindo 99,79 milhões de toneladas.. Já a primeira safra, concentrada no Sul, recuou nos últimos anos devido à maior atratividade da soja no verão. A terceira safra, que representa parcela menor da produção, deverá ter ligeira queda, mas ainda mostra potencial de crescimento para atender à demanda no Norte e Nordeste.
Apesar da colheita robusta, as exportações de milho brasileiro devem cair cerca de 9% em 2025, impactadas pelo consumo crescente do setor de proteína animal e pelo avanço de novas usinas de etanol de milho, especialmente no Centro-Oeste. “A produção total de milho do Brasil, em suas três safras anuais, está a caminho de atingir o segundo maior volume da história do país, superando as expectativas iniciais”, conclui o estudo.
