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Sindaçúcar-AL doa painéis fotovoltaicos com tecnologia bifacial para a UFAL

Segundo o representante da Ufal, as placas bifaciais são as primeiras que farão parte do projeto

Por Bccom Comunicação 18/04/2024 10h10
Sindaçúcar-AL doa painéis fotovoltaicos com tecnologia bifacial para a UFAL
Sindaçúcar-AL doa painéis fotovoltaicos com tecnologia bifacial para a UFAL - Foto: Assessoria

O Sindicato da Indústria do Açúcar e do Etanol do Estado de Alagoas – Sindaçúcar-AL, fez a doação de placas de painéis fotovoltaicos para o Campus de Engenharias e Ciências Agrárias de Universidade Federal de Alagoas (CECA-UFAL). Com uma tecnologia mais moderna, as placas ampliam a produção de energia em cerca de 18%.

As placas, que apresentam uma nova tecnologia de captação de energia por meio das duas faces do equipamento, denominada de bifacial, farão parte do Projeto Agrofotovoltaico, desenvolvido pela Ufal em parceria com a usina Santa Clotilde e o Sindaçúcar-AL, entre outras instituições.

“Este trabalho de pesquisa, que já vem em andamento, recebe estas placas que são muito mais eficientes em comparação aos painéis convencionais. Elas captam, não apenas a luz que incide diretamente do sol, mas também a refletida. Ter a disponibilidade destes módulos para o projeto é uma grande conquista que agradecemos ao Sindaçúcar-AL pela parceria exitosa que dará uma nova dimensão a pesquisa”, afirmou Gaus Andrade, diretor do CECA.

Segundo o representante da Ufal, as placas bifaciais são as primeiras que farão parte do projeto. “Mas o nosso objetivo é obter mais painéis desse tipo para que possamos ter um sistema ainda mais eficiente. Até o momento, o projeto tem estudado qual o ganho na produção de energia e os efeitos dessas placas sob a fisiologia da cana. Agora, com os novos módulos, vamos analisar se eles irão afetar ou não o desenvolvimento da planta no campo”, reforçou Andrade, lembrando que os painéis estão instalados em uma área de canavial pertencente a usina Sana Clotilde.

“Temos esse projeto – por meio da parceria com a universidade – onde em uma mesma área onde se produz cana, que gera açúcar, etanol e biomassa, também se agrega energia solar. Os testes mostraram um aumento de produtividade por conta do sombreamento das placas na área do canavial. É um projeto de pesquisa que tem gerado uma proporção muito grande de conhecimento. Com isso, foi proposto ao Sindaçúcar-AL participar com a doação das placas bifaciais. A transição energética é a grande evolução e nós estamos dentro e o Brasil é um ícone neste processo. Estamos trabalhando para ter o máximo de conheci mento e nada como a parceria com as instituições de ensino para isso. Podemos aumentar a produção, preservando a natureza”, declarou o conselheiro do Sindaçúcar-AL e diretor da Usina Santa Clotilde, Daniel Berard.

Igor Torres, professor de Engenharia Elétrica da Ufal, afirmou que o projeto de pesquisa do CECA, que usa painéis de energia fotovoltaicos em áreas de canavial, no que se refere em termos de altura e porte estrutural, é pioneiro no mundo. “Estamos com esse projeto há dois anos e ele se mostrou bastante eficiente do ponto de vista operacional. No que se refere a biomassa, a gente observou que a cana se comportou muito bem durante este período. O projeto, inicialmente, foi concebido para operar com tecnologias convencionais com o uso de módulos fotovoltaicos, monofaciais, que absorvem a energia solar a partir da superfície frontal. Agora, com os módulos bifaciais, a gente vai fazer testes pelo per& iacute;odo de um ano na cultura da cana, observando tanto o impacto da produção da biomassa, quanto o da geração de energia elétrica”, salientou Torres.

De acordo com Alberon Toledo, diretor de Planejamento do Sindicato das Indústrias de Energia do Estado de Alagoas (Sindenergia), os resultados positivos obtidos com o projeto de geração de energia testado no canavial abriram um leque de opções para outras áreas do campo. “Foi criado um desdobramento para outros sistemas de geração. Então, a cana-de-açúcar abriu o caminho, havendo a possibilidade de interligar com cinturão verde de verdura, por exemplo, além do sistema pastoril. A gente acha que essa é a linha a ser seguida. Com essas placas mais eficientes os testes têm uma nova fase para que, diante dos resultados, possamos dar encaminhamento ao programa& rdquo;, frisou.