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Agropecuária Pereira inova com produção de leite A2A2

Novo tipo de lácteo promete ser opção para pessoas com alergia a laticínios

Por Redação com Assessoria 11/05/2021 18h06
Agropecuária Pereira inova com produção de leite A2A2
O Laticínio Engenho do Queijo fica localizado no município de Junqueiro, agreste de Alagoas | Foto: Assessoria de comunicação

Há mais dez anos investindo no aperfeiçoamento genético do rebanho, a Agropecuária Pereira - que produz leite especial com beta-caseína A2/A2 - passa pelo processo para se tornar a primeira fazenda do Nordeste certificada para a produção deste tipo de leite. 

O lácteo se apresenta como uma opção de consumo para pessoas com restrições alimentares, a exemplo de alergia ao leite. Os produtos, feitos a partir do A2/A2, são processados pelo laticínio Engenho do Queijo, no município de Junqueiro, agreste do Estado.

“A vaca quando nasce pode ter no seu genótipo a beta-caseína 1, que causa instabilidade no organismo, ou a beta-caseína A2/A2. Temos 55% do nosso rebanho A2/A2. Com isso, a gente separa os lotes para poder obter o leite A2/A2 que é processado todos os dias para fazer os produtos. Já existem fazendas que fazem esses produtos em outras regiões do país. Mas, no Nordeste, somos a primeira a produzir e agora estamos partindo para a certificação, que é a garantia do selo nas nossas embalagens. Além dos produtos, queremos envasar o leite para que o nosso consumidor tenha um leite tipo A - A2/A2”, afirmou o criador Joãozinho Pereira.

O tipo A2/A2 é comumente encontrado em raças zebuínas, mas com os vários cruzamentos feitos no Brasil, a identificação precisa ser feita por laboratório, em teste de genoma.

Entre os principais benefícios à saúde humana, o leite A2/A2 tem demonstrado peculiaridades importantes relacionadas ao nível de colesterol e do diabetes 1, além de ser uma provável opção de consumo para pessoas com alergia ao leite. 

Recentemente surgiu na literatura, a também possibilidade do leite melhorar processos inflamatórios das mucosas gástrica e intestinal.

“Tivemos depoimentos de pessoas que há anos não tomavam leite ou comiam queijo e quando provaram o produto A2/A2 não tiveram problema algum. Com isso, o nicho para este tipo de mercado do leite A2/A2 é muito grande. É um produto natural e saudável que promove uma digestão mais fácil”, reforçou o criador.

No Gir leiteiro - uma das raças mais utilizadas em cruzamentos - em cada dez vacas, oito têm probabilidade de serem A2/A2, produzindo o leite diferenciado.

Segundo o consultor da Agropecuária Pereira, Nalber Almeida, o leite A2/A2 é uma tendência de mercado que vem ganhando espaço a nível nacional. 

“As vacas produzem um leite mais fácil de ser digerido. Estamos na terceira etapa da certificação. Hoje, já temos mais de 100 fêmeas genotipadas beta-caseína A2A2. Somos a primeira fazenda do Norte/Nordeste certificada junto ao ‘Beba Mais Leite’ como produtora de leite A2/A2 e o Laticínio como fabricantes de produtos A2/A2”, reforçou ele.

Lembrando também que a vaca Fauna, que tem o genótipo A2/A2, se destaca também pelos títulos de pista, é uma das estrelas da Agropecuária Pereira que vai contribuir para a evolução do rebanho, produzindo mais fêmeas iguais e até superiores a ela.