Turismo
Turistas denunciam preços abusivos nas praias de Alagoas
Após turistas serem agredidos em Porto de Galinhas, vídeos de denúncias sobre valores nas praias alagoanas viralizam nas redes
O aumento dos preços dos serviços oferecidos nas praias do litoral brasileiro ganharam destaque nos últimos dias, após o caso de dois banhistas que foram agredidos por trabalhadores ambulantes, em uma praia de Porto de Galinhas, no estado de Pernambuco. Em Alagoas, diversos vídeos registram a reclamação de turistas e moradores com o preço dos produtos e serviços no estado.
As imagens mostram banhistas em praias alagoanas incomodados com os preços de produtos, como porções de comida e bebidas, além do aluguel de guarda-sol e cadeiras. Em alguns estabelecimentos, uma porção de peixe pode chegar a R$ 150,00 e o aluguel de cadeiras e guarda-sol até R$ 250.
"Nem molhei os pés, e olha, gastei R$ 30 de estacionamento, R$ 70 em uma mesa, R$ 120 em uma agulhinha com alface velho. Meu amigo, está difícil, viu", reclamou uma pessoa de um dos vídeos.
Alguns vídeos satirizam estabelecimentos que não cobram o aluguel das mesas, cadeiras e guarda-sol, mas pedem a consumação no local, com valores acima da média em diversos produtos. Essa prática é proibida pelo código de defesa do consumidor, considerada prática abusiva.
Outro lado
Alguns perfis de influenciadores, que abordaram o tema do aumento dos preços, dão dicas de lugares com preços mais em conta nas praias alagoanas. Com opções como caldinho de camarão por R$ 10,00 e porções de petiscos a partir de R$ 30,00.
Órgãos públicos, como Procon e Ministério Público, são responsáveis pela fiscalização dos preços, para evitar práticas abusivas e má-fé mercadológica praticada contra turistas e moradores das cidades litorâneas, que frequentam a praia.
Caso que chamou atenção
Um casal de empresários mato-grossenses foi alvo de agressões por parte de comerciantes na praia de Porto de Galinhas, Litoral Sul de Pernambuco, no último sábado (27), após contestarem o valor do serviço que foi cobrado a mais do que foi informado inicialmente.
Johnny Andrade e Cleiton Zanatta relataram que o desentendimento começou quando o valor do aluguel das cadeiras subiu subitamente de R$ 50 para R$ 80, sem aviso prévio.
Segundo as vítimas, que estão de férias na região, o acordo inicial previa o pagamento de R$ 50 caso não houvesse consumo de petiscos, mas a cobrança foi alterada durante a tarde, resultando em violência física que exigiu atendimento médico para um dos turistas.


