O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que o Brasil deve alcançar, até 2026, o maior ciclo de investimentos em infraestrutura dos últimos anos. Segundo ele, o governo federal projeta a conclusão de aproximadamente R$ 400 bilhões em obras nas áreas de rodovias, ferrovias e mobilidade urbana até o final do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em entrevista ao Portal 247, o ministro destacou que, em apenas três anos, a atual gestão já realizou 22 leilões de concessões, número quase quatro vezes superior ao registrado entre 2019 e 2022, quando foram feitos seis leilões. A expectativa é chegar a 36 concessões até 2026, ampliando significativamente a participação de investimentos públicos e privados no setor.

De acordo com Renan Filho, os contratos já assinados somam cerca de R$ 240 bilhões e preveem ações como duplicação de rodovias, construção de acessos urbanos, melhorias em sinalização e iluminação, além da implantação de pontos de descanso para caminhoneiros. Ele ressaltou que essas iniciativas impactam diretamente a geração de empregos, a segurança nas estradas e o escoamento da produção nacional.

O ministro também citou obras em andamento em todas as regiões do país, incluindo duplicações e travessias urbanas em estados como Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas e Mato Grosso. Em Alagoas, destacou a duplicação da BR-101, a construção da ponte entre Penedo (AL) e Neópolis (SE), além das obras na BR-104 e do Arco Metropolitano de Maceió.

No setor ferroviário, Renan Filho afirmou que o país vive um momento histórico, com avanços em projetos como a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), a Transnordestina e a Ferrovia Norte-Sul, que juntas empregam cerca de 15 mil trabalhadores. Ele também mencionou novos empreendimentos previstos para 2026, como a Ferrogrão, a Ferrovia 118 e o anel ferroviário da Região Metropolitana de São Paulo.

Outro destaque foi o lançamento da nova CNH Brasil, iniciativa que, segundo o ministro, pode reduzir em até 80% o custo para obtenção da carteira de habilitação. A medida busca ampliar o acesso ao mercado de trabalho e estimular a formalização de condutores que hoje dirigem sem habilitação por dificuldades financeiras.

“Vivemos um momento muito positivo. O Brasil voltou a investir, voltou a crescer e a gerar empregos. Em 2026, teremos o maior ano de entregas do governo do presidente Lula”, afirmou Renan Filho, ao reforçar o papel da infraestrutura no desenvolvimento econômico e social do país.