O mais recente levantamento do Instituto Nacional de Monitoramento e Pesquisa (INAPE), realizado entre os dias 8 e 12 de dezembro de 2025, com 1.453 eleitores em todo o estado de Alagoas e margem de erro de 4 pontos percentuais, mostra que o eleitor de Alagoas segue dividido. O resultado, divulgado na quarta-feira (18/12), que Renan Filho (MDB) e JHC (PL) permanecem tecnicamente empatados, com diferenças numéricas de 0,8 ponto e de um ponto (votos válidos).

O resultado equilibrado coloca em foco a importância das estratégias políticas de ambos os políticos diante de um quadro marcado por variáveis regionais marcantes. Em meio a esse cenário deve pesar – e muito – a estrutura de apoio que cada candidato conseguir reunir em torno de seu palanque.

Resultados da pesquisa INAPE – Governo de Alagoas

Intenção de voto estimulada – geral

Renan Filho: 37,9%

JHC: 37,1%

Indecisos: 13,5%

Brancos/Nulos: 11,5%

Votos válidos (excluindo brancos e nulos)

Renan Filho: 50,5%

JHC: 49,5%

Resultados por região

Mesorregião Leste (inclui Grande Maceió):

JHC – 46,5%

Renan Filho – 28,6%

Indecisos – 12,3%

Mesorregião Agreste:

Renan Filho – 49,2%

JHC – 24,9%

Indecisos – 15,1%

Mesorregião Sertão:

Renan Filho – 62,5%

JHC – 15,0%

Indecisos – 15,0%

Maceió (capital):

JHC – 68,5%

Renan Filho – 11,9%

Indecisos – 9,6%

Cenário eleitoral

Os números da pesquisa INAPE revelam um quadro extremamente competitivo entre Renan Filho e JHC. A diferença nos votos estimulados (37,9% a 37,1%) e nos votos válidos (50,5% a 49,5%) está dentro da margem de erro, caracterizando um empate técnico absoluto. Isso reforça que a eleição será decidida nos detalhes — mobilização, articulação regional, alianças e presença de campanha ao longo dos próximos meses serão determinantes.

JHC domina com folga na capital e região metropolitana, reflexo de sua gestão municipal e capital político consolidado em Maceió.

Renan Filho tem vantagem significativa no Agreste e no Sertão, locais onde a influência da máquina política estadual, lideranças locais e articulação territorial de seu grupo têm maior penetração.

Esse contraste regional ajuda a entender por que ambos os candidatos estão tecnicamente empatados: cada um com base sólida em núcleos distintos do eleitorado alagoano.

O momento da política estadual ainda é de construção e consolidação de cenários. A pesquisa foi feita logo após o vídeo de JHC que indicou, nas redes sociais, um possível início de pré-campanha para o governo, mas antes de eventuais movimentos mais explícitos de sua estratégia eleitoral.

Do lado do ministro Renan Filho, há um movimento de presença mais intensa no interior a partir deste mês, participando de eventos ao lado do governador Paulo Dantas e marcando agenda política em várias regiões do estado — esforço que tende a reforçar seu recall e ampliar a competitividade fora de Maceió.

Outro aspecto relevante é a força estrutural de Renan Filho: ele integra um grupo político com apoio do governo estadual, da maioria da Assembleia Legislativa, de mais de 90% dos prefeitos alagoanos, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do próprio governador Paulo Dantas. Esta base robusta oferece capacidade de mobilização, recursos e articulação que poucos candidatos conseguem igualar.