Na última semana, o ministro dos Transportes, Renan Filho, avançou mais uma casa no processo de retorno a Alagoas. Além de anunciar que pediu a transferência escolar dos filhos de Brasília para Maceió, deu mais um passo que confirma seus planos para disputar o governo do Estado em 2026: comunicou ao secretário-executivo da Pasta, George Santoro, que ambos devem deixar a Esplanada até o início de abril do próximo ano.

A informação foi confirmada por Santoro ao blog, após reunião reservada no gabinete. Segundo ele, Renan Filho foi direto ao ponto: “O ministro me chamou e disse para eu me preparar, para arrumar as gavetas, porque nós estaremos deixando o ministério em abril.”

O secretário-executivo afirmou que já conversou com a equipe para iniciar a transição. “O ministro está pronto para voltar a Alagoas. É uma decisão alinhada aos projetos do grupo e aos compromissos pessoais e políticos dele com o Estado.”, enfatizou.

Santoro destacou que, pelo desempenho à frente dos Transportes, Renan Filho teria credenciais para ocupar qualquer posição de destaque no Planalto. Mesmo assim, optou por interromper a trajetória nacional para retomar a condução do projeto político em Alagoas.

“A escolha dele é clara: voltar para garantir que o Estado continue avançando. Ele sabe da responsabilidade que tem com o povo alagoano e entende que pode contribuir ainda mais estando em Alagoas.”, afirmou.

A mudança, deve ocorrer efetivamente entre o final de março e o início de abril e consolida o movimento iniciado por Renan Filho nos últimos meses, quando passou a intensificar agendas em Maceió e preparar o terreno para ampliar sua presença no interior.

Neste sábado (13/12), ele participo de confraternização com a turma do futebol, mantendo ainda uma agenda mais reservada. A partir da próxima sexta-feira (19/12), no entanto, ele começa a agenda de rua com a participação em vários eventos que serão realizados em Palmeira dos Índios, incluindo a inauguração do Hospital Regional do Médio Sertão.

O ministro tem dito a interlocutores que sua prioridade, a partir de janeiro de 2026, será conversar com lideranças regionais, organizar encontros políticos e fortalecer o grupo que governa o Estado.

A decisão de deixar o ministério é um gesto político calculado. Com a mudança já definida e o cronograma estabelecido, o ministro transforma em ato concreto aquilo que vinha sinalizando discretamente: está, de fato, de malas prontas para voltar a Alagoas e reassumir o protagonismo político no Estado.

E se preparar para o desafio que vai enfrentar no próximo ano, principalmente se o prefeito de mercado, JHC, for candidato ao governo. Mas essa é outra história.