Política
Chapa do PP/União para a ALE pode ter deputada e prefeita do MDB de AL
A estratégia passa pela manutenção da atual bancada, com 7 cadeiras, apesar da perda de suplentes, e pela tentativa de atrair novos nomes com densidade eleitoral para compensar as baixas.
A Federação formada por PP e União Brasil caminha para montar a segunda maior chapa na disputa de vagas na Assembleia Legislativa de Alagoas em 2026, atrás apenas do grande chapão do MDB. A estratégia passa pela manutenção da atual bancada, com 7 cadeiras, apesar da perda de suplentes, e pela tentativa de atrair novos nomes com densidade eleitoral para compensar as baixas.
Na eleição de 2022, o PP saiu das urnas com quatro deputados estaduais, amparado por uma votação expressiva que somou 242.341 votos, o equivalente a 14,51%. Foram eleitos Fernando Pereira (45.509 votos), Rose Davino (34.343), Francisco Tenório (32.644) e Gabi Gonçalves (29.336). O desempenho garantiu ao partido uma bancada competitiva, mas parte da força construída naquele pleito não deve se repetir integralmente em 2026.
Entre os suplentes do PP, apenas o delegado Thiago Prado, que teve 13.096 votos, tende a permanecer no partido e disputar novamente. Outros nomes bem votados em 2022, como Angela Garrote (26.296 votos) e Tarcizo Freire (21.453), não devem integrar a chapa no próximo ano, reduzindo o potencial de voto agregado.
Situação semelhante ocorre no União Brasil. Em 2022, o partido alcançou 201.905 votos de legenda (12,09%) e elegeu Delegado Leonam (37.805 votos), Lelo Maia (31.706) e Mesaque Padilha (29.102). Para 2026, a legenda também perde peças importantes. Lelo Maia já está fora da composição, enquanto suplentes bem posicionados, como Davi Maia (26.697 votos), Francisco Sales (22.748), João Paulo do Klécio (20.096) e André Monteiro (18.839), devem disputar a eleição por outros partidos ou não concorrer.
Com essas baixas, a Federação PP–União trabalha para recompor musculatura política. Informações de bastidores apontam a possibilidade de filiação de um deputado estadual do Republicanos, ainda não confirmado, como reforço estratégico para a chapa. Outro movimento em avaliação é a entrada da deputada estadual Fátima Canuto, hoje no MDB, além da prefeita de Atalaia, Ceci Hermann, também emedebista, nomes que agregariam voto regionalizado e ampliariam o alcance eleitoral da federação.
A leitura interna é de que, mesmo com perdas relevantes em relação a 2022, PP e União Brasil ainda terão uma chapa robusta, capaz de disputar entre cinco e seis vagas, podendo chegar a sete, a depender do desenho final, do desempenho da legenda e do comportamento do voto de opinião em uma eleição que promete ser uma das mais competitivas da história recente da Assembleia Legislativa.
O cenário, no entanto, segue em aberto. As definições mais sensíveis devem ficar para o prazo final de filiações partidárias, quando o tabuleiro da proporcional estará, de fato, completo. Até lá, a Federação PP–União segue em articulação permanente para garantir que continue figurando entre as principais forças da disputa estadual em 2026.


