Política
Edinho Silva diz que candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência 'não dá para levar a sério'
Presidente do PT critica sinais de recuo do senador, confirma Lula como candidato à reeleição e destaca Haddad e Alckmin como principais lideranças do partido
O presidente do PT, Edinho Silva, afirmou nesta terça-feira (9) que a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República em 2026 “não dá para ser levada a sério”. A declaração foi feita durante um café com jornalistas, em Brasília.
A crítica ocorre após Flávio afirmar no sábado (6) que teria “um preço” para desistir da candidatura — apesar de ter sido anunciado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro como nome do PL para a disputa. Nesta terça-feira (9), porém, o senador voltou atrás e classificou sua candidatura como “irreversível”.
“Ninguém se lança candidato um dia e no outro abre negociação. Eu nunca vi isso na minha vida. Não dá para levar a sério”, disse Edinho. “Nem quem quer negociar vai levar a sério”, completou.
Edinho Silva reafirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputará a reeleição no próximo ano e que a prioridade do PT será consolidar as políticas e entregas do governo.
“A reeleição do presidente Lula é fundamental para avançarmos em políticas públicas e em uma agenda progressista de futuro”, disse.
Questionado sobre quem o partido considera como possíveis adversários, o presidente do PT minimizou a discussão. “Não importa se o adversário será Flávio Bolsonaro ou outro. Nossa prioridade é mostrar as entregas do presidente Lula”, afirmou.
Alckmin e Haddad
O presidente do PT também destacou o papel do vice-presidente Geraldo Alckmin. Segundo ele, Alckmin poderá ocupar “o espaço que quiser” na política nacional, incluindo eventual candidatura ao governo de São Paulo em 2026.
“Alckmin será o que ele quiser ser. É uma liderança nacional de primeira linha e tem cumprido papel brilhante no projeto de reindustrialização do Brasil”, declarou.
Edinho também classificou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como a principal liderança petista depois de Lula. “Hoje, o maior líder nacional depois do presidente Lula é o Fernando Haddad”, afirmou.
Outros nomes citados como lideranças emergentes foram o ministro da Educação, Camilo Santana, e o governador do Piauí, Rafael Fonteles.
Tarcísio Freita na disputa
Sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Edinho disse não saber se ele será candidato em 2026, mas avaliou que o tucano se posiciona como líder do “campo da ultradireita”. “Ele faz questão de se caracterizar como herdeiro da ultradireita”, afirmou.


