Política

Sem Marina, PL fragiliza chapa de federal em AL, a não ser que...

Marina é considerada hoje o principal nome capaz de puxar votos na chapa que o prefeito JHC pretende montar no PL

Por Blog de Edivaldo Junior 09/12/2025 04h04
Sem Marina, PL fragiliza chapa de federal em AL, a não ser que...
Marina Candia pode ser candidata ao Senado. - Foto: Zecom Maceió

O PL de Alagoas vive a expectativa de ter o casal JHC e Marina Candia disputando o governo e o Senado. Em contrapartida, a formação da chapa para a Câmara dos Deputados em 2026 está cercada de incertezas. A possibilidade da primeira-dama disputar a majoritária — hipótese tratada com seriedade nos bastidores — ameaça desestruturar o planejamento do partido para a Câmara Federal.

Marina é considerada hoje o principal nome capaz de puxar votos na chapa que o prefeito JHC pretende montar no PL. Sem ela, o partido corre o risco de ir às urnas sem uma composição competitiva para deputado federal.

Até agora, não há movimentação (publicamente) no grupo de JHC para substituir Marina na montagem da chapa proporcional. Uma alternativa considerada nos bastidores seria a candidatura da mãe do prefeito, Eudócia Caldas – que não teria o mesmo apelo que a primeira-dama. Mas essa possibilidade vem sendo negada por interlocutores próximos ao prefeito, reforçando a percepção de que o PL não tem no momento nenhum nome para liderar sua chapa.

Outras possibilidades, na família Caldas, ao que parece não foram postas na mesa - ao menos por enquanto. O pai do prefeito, o ex-deputado João Caldas, é o presidente nacional do DC (ex-PSDC) e o irmão dele, o médico João Antônio Caldas não tem sido apontado como opção para federal, em função do desempenho em eleições anteriores.

Apesar disso, interlocutores garantem que JHC vai montar um grupo capaz de fazer até duas vagas de federal. Para isso, ele teria de recorrer a “importação” de nomes de outras legendas. Nos bastidores, uma alternativa considerada viável seria a filiação ao PL de um dos deputados federais ligados ao seu grupo que hoje estão na federação PP–União: Alfredo Gaspar, Fábio Costa ou Marx Beltrão.

A hipótese de que um — ou mais — desses nomes migre para o PL tem sido cogitada em conversas reservadas. Porém, qualquer movimento nesse sentido só será confirmado no prazo final de filiação partidária, em 2 de abril. Até lá, o partido segue diante de um cenário incerto: ou mantém Marina Candia na chapa proporcional ou terá de buscar uma solução de última hora para não correr o risco de ficar sem uma chapa competitiva na disputa por vagas para a Câmara Federal.