Política
Oposição vive de incertezas em AL e espera movimentos de JHC para 2026
O bloco oposicionista ainda não definiu nomes para a disputa pelo Governo de Alagoas e nem chegou a um consenso sobre as vaga ao Senado
Enquanto o grupo do governo consolida alianças e ajusta seus principais movimentos para 2026, com a definição de chapas, de “cabo a rabo” a oposição segue em processo de reorganização e sem definição sobre os nomes que irão liderar a majoritária. O bloco oposicionista ainda não definiu nomes para a disputa pelo Governo de Alagoas e nem chegou a um consenso sobre as vaga ao Senado.
Na proporcional, algumas estratégias começam a ser consolidadas. A Federação PP–União Brasil, pilotada pelo deputado federal Arthur Lira (PP) articula a formação de uma chapa competitiva para deputado federal, com chances reais de conquistar quatro cadeiras e, em cenário favorável, disputar uma quinta vaga.
O PL trabalha na montagem de uma chapa própria para a Câmara dos Deputados, com potencial de eleger um deputado e chance de disputar uma segunda vaga.
Para a Assembleia Legislativa, existem articulações para chapas pela Federação PP–União, Republicanos e PL. Apesar das conversas, nada está fechado, mas a tendência é que o PL lance uma chapa para fazer duas vagas, mesma situação do Republicanos, enquanto PP-União pode montar chapa para fazer de 4 a 5. Dependendo das montagens, os partidos e federações podem ampliar estas vagas.
Na majoritária, o bloco de oposição tem nomes costurados para o Senado. É caso do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que já se movimenta como pré-candidato. Outras alternativas circulam, entre elas Davi Filho, que já anunciou que será candidato. Alfredo Gaspar também é citado, mas dependeria de uma eventual composição entre Lira e o prefeito de Maceió, JHC. E é justamente JHC quem detém a principal chave da equação oposicionista.
O prefeito pode disputar o Governo, pode ser candidato ao Senado ou pode optar por manter sua posição e apoiar candidaturas proporcionais. Há ainda a possibilidade de sua esposa, Marina Candia, entrar na disputa, seja ao Senado, seja à Câmara Federal — um movimento que alteraria de formação da majoritária. Essas variáveis tornam a definição da oposição diretamente ligada às escolhas do prefeito.
Enquanto isso, o bloco do governo vai entrr em 2026 com estratégia consolidada e projetos alinhados, com uma chapa que terá Renan Filho ao governo e Renan Calheiros ao Senado. Outro nome possível para o Senado é o do deputado federal Paulão. As proporcionais também já estão montadas. Na oposição, porém, prevalece a leitura de que apenas com a decisão de JHC — sair ou permanecer na prefeitura — será possível fechar alianças e definir quem, de fato, entrará na corrida majoritária.
Tudo indica que as respostas virão apenas no limite do calendário eleitoral, com o primeiro prazo, o da desincompatibilização, sendo vencido no dia 2 de abril do próximo ano. Algumas decisões, no entanto, podem ficar para as vésperas das convenções, prolongando a fase de incertezas e mantendo a disputa aberta na oposição, em um dos cenários mais complexos dos últimos ciclos eleitorais.


