Política

Governo monta chapa de cabo a rabo e deixa vice para a reta final

O grupo tem candidato ao governo — Renan Filho — e ao Senado — Renan Calheiros

Por Blog do Edivaldo Junior 06/12/2025 08h08
Governo monta chapa de cabo a rabo e deixa vice para a reta final
Renan Calheiros, Marcelo Victor, Paulo Dantas e Renan Filho deinriam estratégias para 2026 - Foto: Reprodução

Antes mesmo de 2025 terminar, o bloco do governo definiu a estratégia eleitoral de 2026 e montou, desde já, chapas de “cabo a rabo”. MDB, PSD, PSB e a Federação Brasil (PT, PV, PCdoB) atuam alinhados tanto na eleição majoritária quanto na proporcional. Os principais nomes da majoritária e das proporcionais já estão escolhidos.

O grupo tem candidato ao governo — Renan Filho — e ao Senado — Renan Calheiros. Faltam apenas duas definições na majoritária e elas não serão tomadas agora, por pura estratégia política: a vaga de vice e a escolha dos suplentes de senador. As duas decisões ficarão para o período das convenções, tratadas como instrumentos de negociação para última hora – se necessário.

A segunda vaga ao Senado permanece aberta. Nos bastidores, a avaliação é que esse espaço pode ser objeto de negociação com o grupo político do prefeito de Maceió, JHC. Nada avança antes de saber se JHC estará ou não na disputa majoritária, se lançará ou não a mulher dele, Marina Candia, ao Senado.

Chapa de presidente


Outra definição já tomada pelo grupo é o apoio a reeleição do presidente Lula independente de quem for o candidato a vice.

A aliança com Lula no plano local independe do posicionamento dos partidos que farão parte da coligação a nível nacional.

Os quatro principais líderes do grupo - Paulo Dantas, Marcelo Victor, Renan Calheiros e Renan Filho - estão decididos a marchar com a atual presidente no próximo ano.

Chapas proporcionais praticamente desenhadas

Na disputa para a Câmara Federal, o plano governista prevê ao menos duas chapas estruturadas. A principal delas será a chapa do MDB, com potencial de fazer dois deputados, podendo chegar ao terceiro nome. Em paralelo, o PSD também montará uma chapa competitiva, com capacidade real de eleger um e possibilidade de alcançar a segunda vaga.

Uma terceira chapa, pela Federação Brasil, está sob avaliação. O movimento dependerá dos rumos do deputado federal Paulão. Caso ele confirme a permanência na disputa e lidere o bloco, a federação pode lançar um time próprio para federal.

Para estadual, blocão do MDB deve concentrar maior força


No campo estadual, há consenso: o MDB montará um grande chapão, reunindo entre 15 e 16 dos atuais deputados estaduais. A expectativa é que o bloco coordenado pelo presidente da Assembleia, Marcelo Victor, consiga repetir ou ampliar o número atual de cadeiras (14), navegando em uma eleição que tende a ser extremamente competitiva.

A Federação Brasil também já definiu sua estratégia. O grupo lançará uma chapa forte com expectativa de eleger três deputados estaduais, podendo chegar a quatro. A formação incluirá os atuais parlamentares Silvio Camelo e Ronaldo Medeiros, além de nomes de peso que ainda serão anunciados.

Outra sigla do bloco governista, o Solidariedade — federado ao PRD — estuda lançar chapas completas para federal e estadual. Apesar de manter certa autonomia, a legenda deve permanecer ao lado do projeto liderado pelo governador Paulo Dantas, especialmente na majoritária.

Não há, até agora, confirmação sobre montagem de chapas próprias por PDT ou PSB, que seguem aliados ao governo, vão participar da coligação majoritária, mas ainda estão articulando a participação na eleição proporcional.

Oposição segue sem candidato ao governo


Enquanto o bloco governista avança, a oposição ainda trabalha para organizar sua formação. Para a formação da chapa majoritária todos os partidos estão à espera de movimentos do prefeito de Maceió, JHC. Se ele deixar a prefeitura e for candidato ao governo, a promessa é montar um palanque competitivo. Se ele não for, o grupo terá que achar alguém que tope o desafio de disputar o governo contra o ministro dos Transportes, Renan Filho. Mas essa é outra história.