Uma vaga de governador e duas de senador. Quatro dos principais líderes, verdadeiros gigantes da política alagoana, pode disputar os cargos entre si. Dependendo dos resultados, um deles poderá ser eliminado do game e pendurar as chuteiras antes do esperado.

Arthur Lira e Renan Calheiros são pré-candidatos ao Senado. Eles podem enfrentar adversários competitivos, a exemplo de Davi Davino Filho, Alfredo Gaspar, Marina Candia e João Henrique Caldas. Dependendo da configuração, os dois podem ser eleitos. O mais provável, no entanto, é que apenas um passe para a próxima fase.

Se a eleição fosse hoje e os candidatos fossem esses, tudo indica que Renan Calheiros seria eleito para um novo mandato e Arthur disputaria a segunda vaga com Davi Davino Filho ou Marina Candia, correndo o risco de perder. Lira, no entanto, ainda trabalha para “limpar o terreno”.

Num cenário de disputa pelo governo entre Renan Filho e JHC, considerado um “clássico” do jogo político alagoano, um dos dois não avançaria de etapa. Se perder, o ministro vai para o Senado. Já JHC, em caso de derrota, fica sem nada.

Em meio a esse cenário a uma outra configuração que está sendo levada em conta por muitos analistas políticos: “o JHC pode deixar o governo de lado e brigar para manter a vaga de Senado, hoje de Eudócia Caldas, com seu grupo. Seja com ele ou Marina Candia, a chance é real de de vitória. Nesse caso, Renan Filho seria eleito com maior facilidade ao governo e a bola dividida cairia nas canelas de Arthur Lira e Renan Calheiros”, aponta.

Na análise do momento, JHC teria tudo para ser eleito senador ao lado de Renan Calheiros, com Renan Filho sendo eleito para o governo: “mesmo tendo avançado em muitas bases do interior, Arthur Lira vai precisar de uma aliança confiável com JHC para não correr o risco de disputar o mandato de senador e ficar sem nada”, aponta o analista.