Política

Renan Calheiros defende correções no projeto do Imposto de Renda para garantir legalidade e justiça fiscal

Senador afirma que fará emendas para corrigir “pegadinhas” incluídas por Arthur Lira na proposta da Câmara

Por Redação* 26/10/2025 11h11
Renan Calheiros defende correções no projeto do Imposto de Renda para garantir legalidade e justiça fiscal
Renan Calheiros - Foto: Reprodução

Líderes da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanham com apreensão as declarações do relator do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, senador Renan Calheiros (MDB). Segundo apuração do Metrópoles, o parlamentar tem sinalizado que poderá desmembrar o texto aprovado pela Câmara dos Deputados, sob a relatoria do presidente da Casa e seu adversário político, Arthur Lira (PP).

Durante sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), na terça-feira (21), Renan criticou o projeto, classificando-o como “eivado de inconstitucionalidades”, e afirmou que poderá propor um desmembramento para corrigir o que chamou de “pegadinhas incluídas por Lira”.

“Essas inconstitucionalidades podem ser suprimidas. Isso pode constituir um projeto paralelo. Podemos ter um desmembramento para que essas matérias alteradas, apenas as alteradas, voltem a tramitar na Câmara dos Deputados. Se for necessário fazer um projeto paralelo, não tenham dúvidas que vamos fazer”, declarou o senador.

Com o recesso parlamentar se aproximando, o governo teme que eventuais mudanças atrasem a tramitação da proposta e impeçam que ela entre em vigor antes das eleições de 2026. Alterações no mérito obrigariam o retorno do texto à Câmara, o que o Planalto quer evitar.

Renan reforçou que apoia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a redução gradual da alíquota até R$ 7.350 — pontos centrais do projeto e da campanha de Lula em 2022. No entanto, defende que dispositivos adicionados por Lira sejam retirados e transformados em um projeto paralelo.

“O que pudermos fazer para que este projeto não volte para a Câmara, onde teve uma tramitação atípica, nós vamos fazer. O que não significa dizer que não vamos fazer emendas. Vamos fazer emendas”, afirmou.

*Com informações do Jornal Extra