Política

Renan Filho vê indicação do MDB para vice de Lula em 2026 como “gesto simbólico”

Ministro defende fortalecimento da base governista e diz que decisão passará por convenção nacional do partido

Por Redação* 16/10/2025 09h09
Renan Filho vê indicação do MDB para vice de Lula em 2026 como “gesto simbólico”
Presidente Lula ao lado do ministro Renan Filho - Foto: Agência Brasil

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), afirmou nesta última quarta-feira (15) que uma eventual indicação do MDB para compor a chapa de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial de 2026 teria caráter “simbólico e importante”, ainda que o partido não reivindique oficialmente a vaga de vice. A declaração foi feita em entrevista ao programa Mercado Aberto, do Canal UOL.

Renan ressaltou que a prioridade atual do MDB é consolidar sua ala governista e ampliar o apoio ao presidente. “O partido está apoiando o governo Lula, tem três ministros, e precisamos fortalecer essa ala para vencer a convenção”, disse.

De acordo com o ministro, a posição da sigla nas eleições dependerá do desempenho do governo em áreas como economia, emprego e política externa. Ele avaliou que o MDB tem condições de permanecer na base, desde que haja diálogo interno até a convenção partidária.

Renan também defendeu a estratégia do Planalto de afastar aliados que não garantem apoio à coalizão, citando a MP 1303 como exemplo. “Não tem sentido formar um governo de coalizão se parte dele vota contra projetos do próprio governo”, afirmou.

O ministro reforçou que a decisão sobre alianças eleitorais será tomada coletivamente. “O MDB não é um partido cartorial, em que o presidente decide sozinho. É um partido democrático, em que senadores, diretórios estaduais e lideranças votam”, observou.

Na mesma entrevista, ele destacou o crescimento dos investimentos privados em infraestrutura e atribuiu o avanço à previsibilidade dos novos modelos de concessão. “O Brasil tem hoje uma carteira organizada e transparente. Isso tem atraído o capital privado e acelerado os leilões”, afirmou.

Filho concluiu afirmando que a participação da iniciativa privada é essencial diante das restrições fiscais. “Com menos recursos públicos disponíveis, garantir confiança ao investidor é fundamental para manter o ritmo de expansão da infraestrutura”, disse.

Com Jornal Extra.