O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), reforçou nesta quinta-feira (18/09) o discurso contra a chamada PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara dos Deputados e que amplia a proteção de parlamentares contra investigações.

Em publicação no Instagram, ele reforçou o discurso do senador Renan Calheiros, presidente do MDB de Alagoas, e aderiu à expressão que já circula em Brasília e entre críticos da proposta.

“Não é à toa que muitos já chamam de PEC da bandidagem. Essa proposta aprovada na Câmara dificulta investigações contra parlamentares. Para que um deputado ou senador seja investigado, será preciso o aval do plenário, em voto secreto, sem que o cidadão saiba como votou o seu representante. Se passar, até criminosos poderão usar um mandato como escudo”, disse.

Renan Filho classificou o texto como “inadequado, inoportuno e imoral” e destacou os riscos de abrir espaço para a infiltração do crime organizado no Congresso. Para ele, o caminho adotado pelo MDB em Alagoas, ao advertir deputados que apoiaram a medida, deve ser seguido no Senado. “Sugeri que o partido feche questão na votação contra a PEC da Blindagem. O MDB, que ajudou a redemocratizar o Brasil, não pode se tornar cúmplice de uma medida que acaba com a transparência e fortalece a impunidade”, afirmou.

“Se essa PEC passar, até criminosos poderão usar um mandato eletivo como escudo. É o estímulo à compra de uma eleição para escapar de investigação, processo ou prisão. É o caminho aberto para a infiltração do crime organizado no Congresso. Em Alagoas, o MDB já mostrou que tem lado. Advertiu publicamente os deputados que votaram a favor desse retrocesso. Essa é a postura correta diante de uma PEC inadequada, inoportuna e imoral”,afirmou.

“Eu defendo que o MDB do Senado siga o mesmo caminho. Sugeri que o partido feche questão na votação contra a PEC da blindagem. O MDB, que ajudou a redemocratizar o Brasil, não pode se tornar cúmplice de uma medida que acaba com a transparência e fortalece a impunidade. No Senado, vamos lutar para derrotar a PEC da blindagem. Essa luta é pelo Brasil, é pela democracia. Pode contar comigo”, apontou.