A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por envolvimento em tentativa de golpe de Estado, gerou forte repercussão entre políticos de Alagoas. O cenário segue polarizado entre apoio à decisão e críticas à Corte, esquerda e direita.

Do lado que celebrou a sentença, o senador Renan Calheiros (MDB) afirmou que “o STF confirma a vitória da Democracia. Quem conspira para assaltar o poder, anular eleições limpas e assassinar, responde pelos crimes, com garantias da lei”. Ele classificou os condenados como “ideólogos do caos”.

O deputado federal Paulão (PT) também comemorou: “Um marco histórico para a democracia brasileira! Pela primeira vez, um ex-presidente é responsabilizado criminalmente por atentar contra as instituições democráticas”. Segundo ele, a decisão fortalece o Estado Democrático de Direito.

Já entre os críticos, o deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil) acusou o STF de parcialidade: “Os corruptos seguem impunes, enquanto a ditadura da toga persegue seus opositores. STF aliado do governo, condenando adversários de Lula e jogando a vontade popular no lixo”.

O deputado delegado Fábio Costa (PP) reforçou a crítica: “Hoje é Bolsonaro, amanhã será qualquer um que não siga a cartilha da esquerda. Isso não é justiça, é perseguição à oposição e a quem pensa diferente”.

Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Cabo Bebeto questionou a imparcialidade dos ministros: “Estão nitidamente satisfeitos e felizes com o resultado condenatório. Que país é esse?”.

Em contraponto, Ronaldo Medeiros (PT) resumiu sua posição com um grito: “SEM ANISTIA PARA GOLPISTAS 4 x 1”.

A decisão do STF, tomada por 4 votos a 1, também condenou outros aliados de Bolsonaro, incluindo ex-ministros e militares. A sentença marca um momento histórico e acirra ainda mais os ânimos no cenário político alagoano e nacional.