Na quarta-feira (13/08), a procuradora Marluce Caldas teve o nome aprovado em votação unânime no Senado para ocupar vaga do Ministério Público no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Agora falta apenas a nomeação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a posse, que deve ocorrer ainda na primeira semana de setembro.

Da escolha em lista tríplice até aqui foi um longo caminho. E Marluce não percorrer sozinha. O STJ definiu, no dia 15 de outubro de 2024 as duas listas com candidatos às vagas em aberto na corte. Uma lista composta por três desembargadores federais, e a outra por três nomes do Ministério Público.

A partir da definição da lista, Marluce passou a contar com a ajuda do irmão dela, o experiente João Caldas, JC, “o grito do campo”. JC circula por Brasília com a desenvoltura que poucos políticos de mandato têm, mesmo não sendo mais deputado federal.

Na esplanada dos ministérios, passando pelo STF e STJ e principalmente no Congresso Nacional ele encontra sempre portas abertas. E foi nessa condição que, no mesmo dia da escolha da lista que João Caldas deu plantão no Palácio do Planalto. Chegou lá sem marcar audiência e disse que só sairia depois que fosse atendido por Lula.

Após horas de espera e de muita resiliência, o presidente mandou JC entrar em seu gabinete. Foi uma conversa direto ao ponto. Lula e João Caldas já se conhecem a muitos anos e mantém boa relação.

O encontro foi decisivo. João Caldas deixou o gabinete de Lula sabendo que tinha de “ajudar” o presidente a indicar Marluce para o STJ. E ele conseguiu, a partir daí com a ajuda decisiva do filho, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, percorrer todos os caminhos até chegar dez meses depois a sabatina e a aprovação do nome da futura ministra do STJ no plenário do Senado. Agora, falta apenas a nomeação por Lula e a posse.

Quanto aos acordos, as imagens falam por si. Em clima de descontração. JC acompanhou a sabatina de Marluce Caldas ao lado do senador Renan Calheiros , um ex-adversário que teve papel tão decisivo quanto o de JHC no processo que levou a escolha da procuradora de Alagoas como ministra do STJ. Mas essa é outra história.