Deputados estaduais e deputados federais que vão disputar a reeleição em Alagoas vivem uma inusitada acomodação por disputa de espaços na capital e no interior. Faltando mais de um ano para as eleições de 2026, não há mais “currais eleitorais” disponíveis.

“Quem tem peso, quem tem voto, quem tem influência, já fechou compromisso, seja para estadual ou para federal”, revela um parlamentar que vai disputar a reeleição no próximo ano.

Na prática, não há mais nenhum prefeito ou vereador de Alagoas disponível no “mercado eleitoral”. Sobram apenas algumas lideranças com pouca credibilidade e baixa capacidade de transferência de votos.

“Hoje pelo que tenho acompanhado, não tem mais ninguém com capacidade de dar 500 votos ou mais sem compromisso em Alagoas”, revela o parlamentar.

“No momento o que aparece é liderança querendo favores. O problema é que ninguém está mais confiando em qualquer conversa”, desabafa o parlamentar.

De acordo com a informação deste e de outros parlamentares, quase todos os deputados que vão disputar a reeleição conseguiriam manter as bases da campanha anterior ou ampliaram: “no geral a maioria ampliou, com um ou outro reduzindo as suas áreas de influência”, pondera.

Neste cenário, quem não tem mandato deve ter muita dificuldade para conseguir uma vaga na Assembleia Legislativa de Alagoas ou na bancada federal, até porque fica difícil na conjuntura atual concorrer com quem tem hoje uma estrutura de gabinete custeada pelo poder público além de emendas que no caso dos federais chegam a R$ 70 milhões por ano. Mas essa é outra história.