Política
Câmara debate a importância do acesso da população ao Parque Municipal
Vereador Allan Pierre repercutiu em plenário a ação de reintegração de posse impetrada pela Casal

A preservação dos parques urbanos e a garantia de acesso democrático a esses espaços públicos foram tema de debate na sessão desta terça-feira (27) na Câmara Municipal de Maceió. A discussão foi iniciada pelo vereador Allan Pierre, que denunciou uma ação de reintegração de posse movida pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) referente a uma área localizada nas proximidades do Parque Municipal, entre os bairros de Bebedouro e Chã da Jaqueira.
Segundo o parlamentar, a área em questão abriga uma tubulação do sistema de abastecimento Catolé/Cardoso, administrado pela Casal.
“A Casal usa ação de reintegração de posse, mas para o maceioense, esta área pertence ao Parque Municipal. Recentemente, a empresa Braskem indenizou a Casal em mais de R$ 100 milhões pelo sistema Catolé/Cardoso. A preocupação é que a cidade de Maceió tem crescido cada vez mais, e com poucas áreas de convívio. O Parque Municipal é o símbolo das áreas de convivência e preservação ambiental de nossa cidade. Se esta área for reintegrada para Casal, parte dessa área estará inutilizada pela população”, afirmou Allan Pierre.
O vereador Rui Palmeira também se manifestou sobre o assunto. Ele destacou que o Parque Municipal ocupa uma área de aproximadamente 40 hectares de mata atlântica remanescente.
“O Parque Municipal pertence ao povo de Maceió, e não a Casal. Entendo que a Casal está um pouco atrasada, já que apresentou uma ação de reintegração de posse após mais de 50 anos de concessão da região para o Município. Também precisamos dar uma atenção especial à área do antigo Eco Park [no bairro da Serraria], da área em Fernão Velho, na antiga Fábrica Carmem. Ou seja, Maceió precisa de mais áreas verdes”, declarou.
A vereadora Fátima Santiago reforçou a importância da manutenção do Parque Municipal como espaço público e defendeu sua reabertura à população.
“Espero que o Parque Municipal seja reaberto rapidamente para que as pessoas conheçam a riqueza ambiental que lá existe. Acredito que a Prefeitura de Maceió, a população, a Câmara de Vereadores e o Ministério Público de Alagoas vão atuar para que a região continue sendo pública, e não privada”, concluiu.
