Política

Caravana de Glauber Braga contra cassação de seu mandato vai chegar a Alagoas

O deputado alega estar sendo perseguido pelo ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP)

Por Malu Arruda 04/06/2025 15h03 - Atualizado em 04/06/2025 15h03
Caravana de Glauber Braga contra cassação de seu mandato vai chegar a Alagoas
Glauber Braga já passou com seu Ato por mais de 15 estados - Foto: Arnaldo Sete/Marco Zero

O deputado federal do Rio de Janeiro Glauber Braga (PSOL) enfrenta um processo de cassação de seu mandato na Câmara Federal, por quebra de decoro parlamentar ao ter agredido um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) nas dependências da Casa Baixa.

Braga apresentou um recurso para Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados contra o parecer do Conselho de Ética que recomendou a cassação de seu mandato. Antes da recusa, em declaração inicial, o deputado afirmou que, caso o recurso fosse rejeitado pela CCJ, percorreria os 26 Estados brasileiros.

“Até o dia 26 de junho, terei passado por todos os estados do Brasil apresentando a minha defesa contra a tentativa de cassação. O orçamento secreto não vai vencer”, enfatizou o parlamentar, em publicação na rede social Instagram.

O deputado afirma que está sendo cassado devido a uma articulação do ex-presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), devido às denúncias do deputado ao esquema de envio de emendas, denominado como orçamento secreto. Lira nega as acusações.

Quase um mês após o inicio da caravana, que vem acontecendo desde 8 de maio, o parlamentar já passou por mais de 15 estados e chegará Alagoas na próxima segunda-feira (9). A caravana vai ter início às 11h, com ato na Igreja Batista do Pinheiro, passando pelos bairros atingidos pela Braskem, com parada nos Flexais. O fim do ato vai acontecer no Centro Cultural da Sinteal, no Farol.

Greve de fome

Em abril, o deputado fez uma greve de fome após aprovação do processo de cassação de seu mandato pelo Conselho de Ética da Câmara.  A greve durou 9 dias e teve seu fim após acordo firmado com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos- PB), que prevê que o processo de cassação de seu mandato não seria analisado neste primeiro semestre.

O deputado ficou também durante a greve acampado na frente da Câmara dos Deputados, segundo a assessoria do parlamentar ele perdeu mais de 5 quilos, ingeriu apenas água, soro e isotônico durante esses dias.