O deputado federal Rafael Brito (MDB), pré-candidato a prefeito de Maceió pelo MDB, fez duras críticas à atual gestão municipal do prefeito JHC (PL), em entrevista na tarde desta quarta-feira, 27, no Gazeta News. “O prefeito vai ter que ficar se explicando das coisas que não fez”.

Destaque na atuação à frente da educação de Alagoas durante o governo Renan Filho, o deputado afirmou que Maceió tem “andado para trás na educação”, e criticou a recusa da prefeitura de Maceió em receber 15 creches gratuitas e já montadas do programa Cria, do governo do estado.

“Maceió é a pior capital do país em oferta de vagas de creches para a educação. Para se ter ideia, o IDEB [Índice de Educação Básica] de Maceió caiu, mesmo sendo o pior do país”, declarou.

“O prefeito JCH se escondeu, não recebeu as creches, inventou um programa de última hora, chamado Gigantinhos, com logomarca, fez contratação sem licitação de um instituto que eu não sei de onde saiu”, completou o parlamentar. Rafael refere-se ao Instituto de Gestão Educacional e Valorização do Ensino (Igeve), contratado pela Prefeitura de Maceió para gerir cinco Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).

Brito comentou ainda que durante a campanha JHC vai ter que se explicar sobre “o que não fez e falar sobre o que ele vai fazer depois de 4 anos sendo prefeito da capital”.

A campanha de Rafael à prefeitura de Maceió será, segundo ele, pautada no diálogo com os diversos setores da sociedade maceioense. “A gente vai circular, conversar com os setores, ouvir indústria, comércio, turismo, arquitetos, urbanistas, saúde, educação. Vai ouvir os pré-candidatos a vereadores, pois são extremamente importantes nessa interlocução com as comunidades, mas também com os segmentos econômicos, acadêmicos”.

“Estamos na fase de ouvir, de ouvir ideias, pessoas que sentem mais na pele os problemas de Maceió e criar um plano de governo forte para apresentar soluções de verdade, e não só programas e logomarcas que nunca chegam de verdade para a vida do cidadão”, completou.

Dois pés em cada canoa

O emedebista comentou também sobre os vereadores do partido que deixaram a legenda para compor a base aliada de JHC, no que ficou conhecido nos bastidores da política como “dois pés em cada canoa”. Ele afirmou que esses nomes e as mudanças já eram esperados pela cúpula do partido.

“Eram nomes esperados, eram nomes que prefeito deu cargos e liberou emendas, eram pessoas que o partido não esperava contar nesse momento de eleição”, explicou. Rafael, que recebeu mais de 58 mil votos na eleição a deputado, afirmou que o MDB quer fazer entre 6 e 7 vereadores só da própria federação, além de outros nomes que estão no entorno do governo de Alagoas e do governador Paulo Dantas. “Expectativa muito grande.

Ele afirmou que o partido chegou a indicação de seu nome de forma unânime e em conjunto com outras possíveis candidaturas, como a dos deputados estaduais Alexandre Ayres, Cibele Moura e José Wanderley, pelo trabalho de destaque realizado em Brasília e também pela atuação como secretário de educação do governo de Alagoas.