Política

SMS ignora denúncias e indicado de João Caldas intimida prestadores de serviço

Clínicas de fisioterapia que prestam serviço ao município denunciam calote em pagamentos e coação de gestores da SMS

Por Redação 19/12/2023 16h04 - Atualizado em 19/12/2023 17h05
SMS ignora denúncias e indicado de João Caldas intimida prestadores de serviço
Secretaria de Saúde de Maceió é alvo de denúncias de terceirizados - Foto: Reprodução

Denúncias de calotes, situações vexatórias e casos de coação envolvendo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e clínicas de fisioterapia que prestam serviços ao município de Maceió foram apontadas pelo Jornal de Alagoas em reportagem da última sexta-feira (15).

Sem respostas diretas aos questionamentos da reportagem, a SMS limitou-se a enviar um texto produzido pelo sua assessoria de comunicação sobre a implantação de biometria implantado pela pasta que supostamente garante transparências aos procedimentos realizados na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), o BioSUS. O texto garante que o sistema vai registrar a frequência dos usuários ao serviço em tempo real e com total transparência dos dados.

O que a SMS não respondeu foi sobre as críticas apontadas na denúncia, de que pessoas ligadas às clínicas de fisioterapia que fazem a terceirização do serviço, estão tendo que lidar com ameaças, coações e situações vexatórias. Outro ponto não respondido foi sobre o não repasse para o pagamento desses serviços de saúde.

A postura adotada pelo Diretor de Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria da SMS, Mairon Micael Soares Rocha, é intimidatória, disse uma fonte, sob condição de anonimato, ao Jornal de Alagoas e gera um ambiente de tensão e medo constante nos terceirizados.

De acordo com uma fonte consultada pelo Jornal de Alagoas, Mairon é indicado do pai do prefeito JHC, o ex-deputado João Caldas e mantém relações de amizade com os dois políticos, vindo de Brasília para atuar em Maceió em um setor operacional de uma das principais pastas do município.

Membros das clínicas denunciaram que, mesmo com 100% de verba do Governo Federal, os repasses estão sendo drasticamente reduzidos, sem justificativas claras e que falta transparência sobre a gestão dos recursos e que as unidades prestadoras do serviço que tinham um teto de mais de R$ 100.000,00 estão recebendo valores extremamente abaixo, como, por exemplo, R$ 2.000,00 a 3.000,00.

Sem respostas, a Prefeitura informou que os pagamentos realizados a todos os contratados desta SMS, estes podem ser consultados no Portal da Transparência da Prefeitura e que os prazos de análise dos dados e consequente pagamento respeitam os trâmites de supervisão, auditoria e controle e estão firmados em contrato com esses prestadores.