Política

“Botar a cara” na negociação com servidor, é bom ou ruim para Paulo?

A participação nas fases iniciais das negociações salariais pode “expor” o gestor

Por Blog do Edivaldo Júnior 07/07/2023 15h03
“Botar a cara” na negociação com servidor, é bom ou ruim para Paulo?
Até agora, o governador já participou pelo menos de três reuniões com os sindicatos de servidores - Foto: Reprodução

Não faz parte da tradição política de Alagoas – e de outros Estados – o governador “botar a cara” logo no início das negociações salariais com os servidores.

“Normalmente, o que a gente vê, tanto aqui como em outros governos do país, é o gestor só aparecer no final, para o fechamento do acordo”, pondera o deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT), que participa ativamente das negociações entre servidores e governo.

A participação nas fases iniciais das negociações salariais pode “expor” o gestor. E por isso as primeiras conversas ficam sempre a cargo de técnicos.

No caso de Paulo Dantas, no entanto, Medeiros acredita que a participação tem sido positiva. "Pelo estilo dele, facilita. Ele é muito sincero, muito aberto, fala, ouve e procura dar o encaminhamento. Imagino que essa transparência e ainda mais com ele à frente da discussão vai viabilizar um acordo com os servidores”, afirma.

Até agora, o governador já participou pelo menos de três reuniões com os sindicatos de servidores e deve voltar a se reunir pelo menos mais uma vez para tratar do reajuste salarial. Antes de sua participação, foram realizadas duas reuniões com mesmo objetivo com a equipe econômica do governo.

Negociação


O reajuste do servidor será de 5,79%, o que corresponde à reposição da inflação de 2022. Falta só definir, como e quando a correção chegará até os salários.

Os servidores querem de uma só vez a partir deste mês, de julho.

O governo propõe o parcelamento em duas vezes: 3% em setembro deste ano e 2,79% em janeiro de 2024. O governador Paulo Dantas (MDB) acenou ainda com a possibilidade de “antecipar” os 2,79% para dezembro desde ano, dependendo dos “cenários” da arrecadação do Estado, que seriam avaliados em novembro deste ano.