Depois de um pedido realizado no dia 8 de novembro, a Procuradoria-Geral de Justiça de Alagoas (PGJ) solicitou aos moradores de Rio Largo, Marivaldo Fragoso da Silva, Cícero Leonardo Terro e Alex Fernandes dos Santos, que desse mais detalhes e informações sobre uma denúncia encaminhada ao órgão que pleiteia uma intervenção na prefeitura do município. 

Por determinação do desembargador Élio Wanderley de Siqueira Filho, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), no âmbito da operação Beco da Pecúnia, em agosto deste ano, o prefeito Gilberto Gonçalves (PP) foi afastado do cargo e preso pela Polícia Federal (PF) preventivamente.

De acordo com as informações da  PF, havia ilegalidades nas contratações e pagamentos realizados pelo município, em favor de duas pessoas jurídicas, para aquisições de material de construção, peças e serviços para veículos, que teriam recebido do citado município o valor aproximado de R$ 20 milhões.

Durante o afastamento do prefeito quem assumiu o Executivo Municipal foi a primeira-dama e vice Cristina Gonçalves. Indignados com a situação, os denunciantes encaminharam denúncia ao TRF5, em Recife (PF), pedindo a intervenção no município.

O motivo é que, mesmo afastado, a Prefeitura de Rio Largo ficaria sob a administração da família do prefeito acusado de corrupção. O Tribunal encaminhou a denúncia ao Ministério Público Federal (MPF), que acabou passando o caso ao procurador-geral de Justiça de Alagoas Márcio Roberto Tenório em razão de "declínio de atribuição".

A área técnica da PGJ solicitou que a denúncia fosse apurada pela 2ª Promotoria de Rio Largo, além de pedir aos denunciantes informações adicionais para análise da possibilidade de intervenção. Vale destacar que no dia 11 de outubro, Gilberto Gonçalves, que já encontrava-se solto, voltou ao cargo de gestor do município.

*Com informações do Extra