Política

Mesmo sob pressão de “poderosos”, Collor segue vivo na disputa pelo governo

Candidato aposta todas as fichas no bolsonarismo, pois caso receba votos dos apoiadores do presidente no estado, passa a ter chances reais de ir para o segundo turno

Por Blog do Edivaldo Júnior 01/10/2022 07h07
Mesmo sob pressão de “poderosos”, Collor segue vivo na disputa pelo governo
Collor - Foto: Assessoria

A disputa pelo governo de Alagoas segue indefinida, se considerados os resultados de vários institutos de pesquisa.

Candidato à reeleição, o atual governador, Paulo Dantas (MDB), lidera as intenções de votos em todos os institutos e deve disputar o segundo turno contra um senador. Rodrigo Cunha (União Brasil) aparece em segundo lugar, mas dependendo do levantamento, em situação de empate técnico com o senador Fernando Collor (PTB).

A diferença entre os dois, considerando fatores objetivos, é imensa. Cunha tem um tempo de quatro vezes maior. O candidato do UB foi o que mais recebeu dinheiro do “fundão”, cerca de R$ 6,1 milhões, enquanto Collor recebeu menos de R$ 700 mil para fazer a sua campanha. Enquanto Collor vai à eleição com o apoio formal de apenas um deputado (Cabo Bebeto, PL), um vereador (Leonardo Dias, PL) e um prefeito (Marlan Ferreira, PP), Cunha foi beneficiado pela estrutura do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP).

Sob pressão, vários prefeitos e candidatos a deputado federal e estadual que anunciaram apoio a Collor no início da campanha, foram forçados a mudar de lado.

Com a ajuda de Arthur Lira, Cunha conseguiu, sabe-se lá com que argumentos, tirar vários apoios de Collor, especialmente no interior.

Apesar de todas as dificuldades, Collor segue vivo na disputa, pontuando bem nas pesquisas e apostando todas as fichas no bolsonarismo. Se o voto dele colar no de Jair Bolsonaro em Alagoas, como seus apoiadores esperam, ele passa a ter chances reais de ir para o segundo turno com Paulo Dantas.

Se houver “onda”, nas eleições de Alagoas este ano, existe espaço pra tudo. Afinal, como mostram os principais institutos e pesquisas, até a última quinta-feira (29) mais de 40% dos eleitores ainda não tinham definido o voto ou admitiam a possibilidade de mudar de escolha. Mas essa é outra história.