Política
Fase do “jogo sujo” começou na campanha em AL; baixaria tem endereço
Nos últimos dias o governador Paulo Dantas (MDB) foi alvo de vídeos apócrifos que circularam em grupos políticos
O esforço de trazer a “violência política” para o debate eleitoral não é recorrente na política de Alagoas. Candidatos que passam quatro anos sem tocar no assunto, puxam a discussão às vésperas da eleição.
No caso específico desta eleição, a tentativa parece partir principalmente de um só grupo. Mas não é só a violência o alvo das “baixarias” de campanha.
Recentemente o candidato do PTB ao governo de Alagoas, senador Fernando Collor foi alvo de vários vídeos e memes que circularam “anonimamente” com o objetivo de desconstruir sua imagem e a aliança estabelecida com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
A montagem do palanque de Bolsonaro e a coligação com o PL fortaleceram Fernando Collor, mas criou uma crise em alguns grupos, especialmente no de Arthur Lira (PP), que tem o senador Rodrigo Cunha como candidato ao governo.
Nos últimos dias o governador Paulo Dantas (MDB) foi alvo de vídeos apócrifos que circularam em grupos políticos. Todo o material, segundo análises de especialistas, foram produzidos pela mesma fonte.
“O modus operandi é o mesmo. Agora estamos tentando rastrear a fonte, quem de fato produziu e a mando de quem”, aponta um profissional que começou a investigar o material que tenta relacionar Paulo Dantas com a violência política.
Em pronunciamento nas redes, o governador condenou as “fakes news”, numa primeira reação. Mas sua equipe tem tentando identificar a origem do material.
Não é coincidência
A escolha dos alvos, até agora, não foi por acaso. Paulo Dantas e Fernando Collor lideram as pesquisas de opinião. A distorção de fatos verdadeiros e a produção de fake news vai além da simples “baixaria”. É jogo sujo mesmo para tentar atingir adversários, normalmente realizado por quem está abaixo nas pesquisas.
“Existia um pacto informal de não agressão na campanha ao governo de Alagoas. Os quatro principais candidatos não vinham usando os ataques e as fake news como ferramenta de campanha. Agora, ao que parece o pacto foi rompido por um candidato”, pondera um importante interlocutor.
“Esses materiais certamente não produzidos nem pela campanha de Collor, nem de Paulo. Dos outros candidatos, aparentemente apenas um tem condições e interesses para isso. Sabemos quem é, mas estamos tentando rastrear a origem para denunciar publicamente os verdadeiros responsáveis por isso, os candidatos que estão pagando para produzir fake news”, aponta.


