O vice-prefeito de Maceió, Ronaldo Lessa (PDT) nunca escondeu as queixas por não ter sido ouvido na formação da aliança que levou à escolha de Rodrigo Cunha (União Brasil) e Davi Davino Filho (PP) como pré-candidatos ao governo e ao Senado, respectivamente.

Sem fazer segredos, Lessa abriu, referendado pelo PDT nacional, diálogo com outras frentes. Conversou, além do próprio Rodrigo Cunha, com os pré-candidatos ao governo Paulo Dantas (MDB) e Rui Palmeira (PSD).

Em entrevista na semana passada, o vice-prefeito antecipou suas opções mais prováveis. Poderia se manter no grupo de Arthur Lira (PP), apoiando Rodrigo Cunha, com opção de disputar o Senado como segundo candidato da chapa ou aceitar convite para participar do grupo do MDB.

Ao fim e ao cabo, Lessa decidiu ficar com o MDB. Para ele, é mais fácil o alinhamento ideológico com os emedebistas.

Restava ainda um problema a ser contornado antes de anunciar a decisão: balizar a relação com o prefeito João Henrique Caldas (PSB), que apoia Rodrigo Cunha. Restava.

Lessa já avisou a JHC que vai fechar com o MDB. Um “aviso” mais do que esperado e que foi recebido com tranquilidade pelo prefeito.

JHC fez sua parte. E foi além para tentar manter Lessa no mesmo grupo. A “pressão” dos pedetistas – que não perdoam, em sua maioria, o “descuido” de Cunha e Lira no tratamento dado ao partido – falou mais alto. A relação entre os dois, no entanto, segue dentro da normalidade.

Lessa pode ser vice de Paulo Dantas? Sim, mas também pode disputar outros cargos. Mas essa é outra história.