Política

Estratégia de Collor para chegar ao 2º turno da eleição do governo de AL

Com o apoio de Jair Bolsonaro, o pré-candidato do PTB ao governo busca o reforço do bolsonarismo local para consolidar seu nome logo na largada

Por Blog de Edivaldo Junior 20/06/2022 06h06 - Atualizado em 20/06/2022 09h09
Estratégia de Collor para chegar ao 2º turno da eleição do governo de AL
Collor e Bolsonaro - Foto: Reprodução

Diferente de outros pleitos, quando usou o fator ‘surpresa’ se lançando na disputa ao Senado – e sendo vitorioso – a poucos dias da eleição de 2006, Fernando Collor terá estratégias conhecidas, mas nem por isso menos eficientes, nas eleições deste ano.

Esta semana Collor lançou sua pré-candidatura ao governo de Alagoas e botou o bloco na rua – literalmente – cumprindo uma agenda política com várias lideranças da capital e interior e também de comunicação. A equipe da pré-campanha agendou 30 entrevistas.

Em cada entrevista, a narrativa que se repete deixa clara a estratégia – ou estratégias – do pré-candidato para chegar ao segundo turno.

Sim, Collor trabalha com essa possibilidade. E entra numa disputa que tem outros trés fortes pré-candidatosao governo – Paulo Dantas (MDB), Rodrigo Cunha (UB) e Rui Palmeira (PSD). Os três estão “embolados” nas pesquisas de intenção de votos com no patamar entre 20% e 25% das citações. Mas esse cenário tende a mudar com a entrada de Collor.

Sondagens de opinião de “gaveta” ou registradas (caso do Ibrape em março deste ano), apontam que Collor tem potencial para entrar na briga disputando as primeiras posições e, na largada, surge com chances de chegar ao segundo turno.

Não será uma disputa fácil. O governador Paulo Dantas é favorito para ocupar uma das duas vagas no segundo turno. Além do bom desempenho nas pesquisas e do apoio de Lula (pré-candidato do PT a presidência), PD tem habilidade política e “caneta” na mão. Segundo analistas,

Collor parece ter entendido bem o cenário. “Elle” entra na disputa não só com sua liderança, mas aposta fortemente na polarização que domina a política brasileira no momento.

Com o apoio de Jair Bolsonaro, o pré-candidato do PTB ao governo busca o reforço do bolsonarismo local para consolidar seu nome logo na largada.

Além da polarização, Collor parece acertar o discurso de oposição ao governo – ainda sem nominar Paulo Dantas. “A atual gestão é marcada mais pelo cimento do que pelo sentimento”, disse na entrevista.

Sobra um


Com a entrada de Collor, a pré-campanha ao governo será mais acirrada nos próximos dias. Repito o que disse em texto anterior. Na disputa pelo governo, só há espaço para três candidatos competitivos. Anote. Apenas três. Quem não tiver uma boa estratégia – e estrutura – dificilmente conseguirá chegar as convenções como candidato. Mas essa é outra história.