Política

Câmara aprova título de Cidadão Honorário de Maceió para Luciano Hang

Apenas três dos 14 vereadores presentes na sessão votaram contra

Por Redação 03/05/2022 16h04 - Atualizado em 03/05/2022 18h06
Câmara aprova título de Cidadão Honorário de Maceió para Luciano Hang
Luciano Hang, empresário da rede de lojas Havan - Foto: Reprodução

Com a construção de sua primeira loja no estado de Alagoas em andamento, o empresário Luciano Hang, dono da Havan, foi assunto durante a sessão desta terça-feira (3) da Câmara dos vereadores de Maceió. Com apenas 14 dos 28 vereadores presentes, sendo um deles o presidente da Casa, os parlamentares discutiram se o empresário deveria receber o titulo de Cidadão Honorário de Maceió.

Votaram contra a aprovação do Decreto Legislativo o vereador Dr. Valmir (PT), Teca Nelma (PSDB) e Olívia Tenório (MDB). O Projeto de autoria do vereador Leonardo Dias (PL), foi aprovado em primeira discussão e seguirá para segunda discussão na Câmara municipal.

Histórico de polêmicas

O bilionário foi um dos alvos da CPI da Pandemia e também já foi investigado sob suspeita de disseminação de notícias falsas na internet. Em depoimento prestado à CPI da Pandemia, o empresário Luciano Hang chegoua reconhecer que sua mãe recebeu tratamento com medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19. Antes disso, ele havia alegado, em vídeo, que ela não teria falecido se tivesse recebido esse tipo de tratamento.A mãe do empresário morreu em fevereiro de 2021, em um hospital da Prevent Senior — empresa que foi alvo de várias acusações na CPI da Pandemia, entre elas a de induzir médicos a prescrever esses medicamentos. Ao ser questionado sobre o motivo da ausência de citação à covid-19 no atestado de óbito de sua mãe, Hang atribuiu a omissão a um "erro do plantonista".

Apoio a Bolsonaro

O empresário também negou as acusações feitas contra ele, como a de financiar a divulgação de notícias falsas, de ter sido integrante do "gabinete paralelo" (grupo que teria aconselhado o presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia e que defendia o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19) e de ter financiado atos antidemocráticos durante as comemorações de 7 de setembro e de ter participado de tratativas para a compra da vacina chinesa CanSino (sobre a qual há suspeita de irregularidades).Além disso, uma investigação feita pelo El País e outros veículos brasileiros, baseado no grande vazamento de documentos oficiais em 2021,destaca outra polêmica. As evidências revelaram que o empresário manteve por quase vinte anos uma empresa em um paraíso fiscal, no valor de 112,6 milhões de dólares.

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