Política
Projeto de JHC inspirou Medida Provisória que autoriza venda direta do etanol
Como parlamentar, João Henrique teve atuação reconhecida em defesa do setor produtivo de Alagoas.

O presidente Jair Bolsonaro assinou uma Medida Provisória nessa quarta-feira (11) que autoriza a venda do etanol direto das usinas para os postos de combustível. A MP foi inspirada, segundo informação da coluna Radar, da Revista Veja, pelo projeto do então deputado federal JHC (PSB)
Como parlamentar, João Henrique teve atuação reconhecida em defesa do setor produtivo de Alagoas. Na Câmara dos Deputados, apresentou diferentes projetos e foi o primeiro a defender a venda direta do etanol, pauta que atende especialmente produtores do Nordeste.
Além de beneficiar o consumidor, a venda direta deve fortalecer a cadeia produtiva da cana-de-açúcar em Alagoas, na medida em que vai ampliar o mercado e aumentar a competitividade do setor.
Para o Jornalista Edivaldo Júnior, agora, como prefeito de Maceió, João Henrique pode dar uma ajuda na efetivação da venda direta e, quem sabe, dar exemplo tornando o etanol em combustível padrão para a frota da prefeitura de Maceió.
Qual a vantagem?
Alagoas é o maior produtor de cana-de-açúcar do Nordeste. Ainda assim o etanol comercializado no postos de combustíveis tem um preço semelhante a de Estados não produtores. É algo que só se explica pela carga tributária e, especialmente, pela atuação de atravessadores.
A distribuidoras operam no mercado de etanol apenas intermediando a compra entre produtores (usinas) e revendedores (postos). Para que essa operação seja justificada, na regra estabelecida pela ANP, o etanol precisa fazer um “passeio” até chegar ao consumidor, explica Edivaldo Júnior, aumentando custos com a logística e a margem de lucro dos atravessadores.
O etanol fabricado em Coruripe precisa dar um “passeio” de mais de 200 km para voltar e ser vendido nos postos da cidade. Isso porque o produto embarcado nas usinas do município precisa ser transportados até a sede da distribuidora, normalmente em Maceió, para depois retornar ao posto de combustível no município.
O “passeio”, acrescido da gorda margem de lucro dos distribuidores pesa no bolso do consumidor alagoano que paga ao menos 30% a mais pelo etanol. A diferença de preço com a venda direta será um real ou mais por litro, para menos, dependendo do local onde o combustível será vendido.
