Política
Rodrigo Cunha critica ofensas de Bolsonaro ao ex-prefeito de São Paulo, Bruno Covas
Durante conversa com apoiadores, o presidente se referiu a Covas como "o outro que morreu"
Nessa segunda-feira (02), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar as medidas adotadas por prefeitos e governadores no combate à Covid-19. Em sua fala, o presidente se referiu ao ex-prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), morto em maio deste ano em decorrência de um câncer, como "o outro que morreu".
A fala do presidente gerou críticas de alguns membros do PSDB, incluindo o senador Rodrigo Cunha. Nas redes sociais, o alagoano se solidarizou com o filho de Bruno Covas, Tomás Covas, e lamentou as ofensas. "Ataques e ofensas à sua memória são injustos e injustificáveis.", disse.
O governador de São Paulo, João Dória, também se posicionou sobre o caso. "A desumanidade de Bolsonaro, agredindo de forma covarde Bruno Covas, só demonstra ainda mais sua falta de respeito pelos vivos e pela memória dos mortos.", escreveu no Twitter.
Durante conversa com apoiadores, Bolsonaro disse que "um fecha São Paulo e vai para Miami. O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai ver Palmeiras e Santos no Maracanã. Esse é o exemplo".
Em janeiro deste ano, Covas foi visto no estádio carioca na final da Copa Libertadores, ao lado do filho adolescente. Na época, ele se justificou pelas redes sociais, dizendo que era um sonho dele e do filho.
Confira a nota do PSDB se posicionando sobre o caso:
"O outro lá que morreu", esta é a forma como o presidente se refere ao Prefeito Bruno Covas, que faleceu aos 41 anos vítima de um câncer. A forma como ele se refere ao Prefeito da maior capital que foi reeleito, entre tantos adjetivos, também por seu enfrentamento contra o coronavírus.
Mas o que se esperar de um Chefe do Executivo que zomba da dor alheia, que ignora os enlutados, ironiza doentes e deixa sua nação morrer e passar fome? Já são 550 mil e não vamos esquecer!
Condenamos veementemente as declarações de Bolsonaro sobre nosso líder Bruno Covas e por seu exemplo seguiremos lutando pela vida, contra a política do ódio.
Bolsonaro demonstra desespero e medo do próximo ano, por isso desfere ataques, inclusive, aos que não podem se defender. É fácil falar de dentro do seu cercadinho no Planalto, para o seu curral, queremos ver nos debates que, aliás, ele sempre foge.
Para todo ato de covardia, resistiremos com a coragem de um povo que não foge à luta. Por Bruno Covas. Pela democracia. Por um Brasil livre da estupidez.
Fernando AlfredoPresidente do Diretório Municipal do PSDB/SP
