Política

'Superpedido' de impeachment contra Bolsonaro é protocolado na Câmara

Objetivo do documento é unificar os argumentos dos mais de 120 pedidos de impeachment

Por Jornal de Alagoas 30/06/2021 16h04 - Atualizado em 30/06/2021 16h04
'Superpedido' de impeachment contra Bolsonaro é protocolado na Câmara
Entre as acusações estão; crime contra a segurança interna no país e descaso com a pandemia - Foto: Reprodução/Internet

Partidos políticos, parlamentares, movimentos sociais e entidades da sociedade civil protocolaram nesta quarta-feira (30) na Câmara o chamado "superpedido" de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

O "superpedido" tem 46 signatários e consolida argumentos apresentados nos outros 123 pedidos de impeachment já apresentados à Câmara. Entre esses argumentos, está o mais recente, o que aponta prevacarição do presidente no caso da suspeita de corrupção no contrato de compra da vacina indiana Covaxin.

O texto foi elaborado por um grupo de juristas e atribui a Bolsonaro 23 crimes de responsabilidade.

Entre os signatários do pedido estão ex-aliados do presidente, como os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joyce Hasselman (PSL-SP).

O objetivo do documento é unificar os argumentos dos mais de 120 pedidos de impeachment já apresentados na Câmara dos Deputados.

Para que o processo de impeachment seja levado adiante, é preciso que seja pautado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro. A oposição aposta na pressão das ruas, que pode aumentar diante das denúncias envolvendo supostas irregularidades nas negociações pela vacina Covaxin e pedido de propina em tratativas pela Astrazeneca.

O “superpedido” é assinado pelos presidentes de partidos como PT, PDT, PSB, PCdoB, PSol, PCB, PSTU, PCO, Cidadania e Rede. Além deles, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), a Coalizão Negra por Direitos e outras entidades civis apoiam a iniciativa. O pedido também leva a assinatura de ambientalistas, advogados e ex-aliados do presidente, como os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP).

"As últimas denúncias trazem ainda mais força ao nosso pedido", disse o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da Oposição na Câmara.