Política

Após discussão com Teca Nelma, vereador bolsonarista diz que fatos foram distorcidos

O vereador Delegado Fábio Costa usou as redes sociais para se defender das acusações de que teria ameaçado a parlamentar

Por Jornal de Alagoas com Coluna Labafero 24/06/2021 11h11
Após discussão com Teca Nelma, vereador bolsonarista diz que fatos foram distorcidos
Delegado Fábio Costa - Foto: Reprodução

O vereador Delegado Fábio Costa, que nessa quarta-feira (23), protagonizou uma discussão com a vereadora Teca Nelma, usou as redes sociais para se defender das acusações de que teria ameaçado a parlamentar.

“Pela primeira vez, acabei passando na pele o que enfrenta todos os dias o presidente da República, quando fatos ocorrem e narrativas tentam distorcer completamente a realidade dos fatos”, declarou o vereador que afirmou ter sido “surpreendido” pela matéria publicada em um veículo de comunicação.

O vereador também destacou que não fez ameaça alguma “apenas invoquei o artigo 292 do regimento interno da Câmara Municipal pelo fato de a vereadora ter se referido ao presidente da república como ‘genocida’”, disse.

Entenda o caso


“A minha voz não será calada por homem nenhum”, disse a vereadora Teca Nelma após ser ameaçada de ter sua fala censurada dentro da Câmara Municipal de Maceió, a pedido do vereador Fábio Costa. O fato aconteceu em meio a discussão da concessão do Título de Cidadão Honorário, posta em pauta em regime de urgência, de última hora, sem aviso prévio aos vereadores, na sessão dessa quarta-feira (23).

Ao proferir seu voto, com direito a justificá-lo, Teca Nelma afirmou que “sem dúvidas e sem medo, eu digo não ao presidente genocida”. Em seguida, o vereador Fábio Costa informou que solicitaria ao presidente da Câmara a censura da fala de Teca Nelma e, mais uma vez, colocou em dúvida os conhecimentos da vereadora ao questionar que “talvez ela não saiba qual o significado da palavra genocida”.

“Mais uma vez eu sou atacada dentro dessa casa pelo meu gênero. Mais uma vez o meu conhecimento está sendo colocado em cheque. Não foi a primeira vez que passo por isso, como vereadora. Sempre que eu profiro algo que não é comum aceito pelos vereadores homens dessa casa, a primeira palavra que eles falam é ‘não sei se a senhora sabe do que está falando’. Eu vim aqui eleita pelo povo, democraticamente. Eu tenho liberdade de expressão para proferir os meus posicionamentos. E não vai ser com ameaças de nenhum vereador que eu vou ter a minha fala cerceada”, disse a vereadora.

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