Política

Nenhum chefe de Estado ficou tão contra a vacina quanto Bolsonaro, diz Renan Calheiros

Por Redação com Blog do Edivaldo Júnior 09/05/2021 15h03
Nenhum chefe de Estado ficou tão contra a vacina quanto Bolsonaro, diz Renan Calheiros
Foto: Reprodução

Relator da CPI da Covid-19, o senador Renan Calheiros deu uma entrevista de 40 minutos para a estreia do Malu tá ON, podcast semanal da jornalista e colunista de O Globo Malu Gaspar. Na conversa, Renan fala de Lula, Bolsonaro, Moro, Lava Jato, e principalmente da investigação dos fatos que levaram o Brasil a perder mais de 400 mil vidas na pandemia.

Ao ser questionado sobre a acusação do ex-secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, afirmando que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello boicotou a aquisição de vacinas da Pfizer, sem que o presidente Jair Bolsonaro tivesse conhecimento sobre, Renan disse que a situação foi uma  desarrumação absoluta. “ Nós não temos nenhum chefe de Estado que ficou tão contra a vacina quanto Bolsonaro”, declarou o senador.

Segundo informações divulgadas no blog do jornalista Edivaldo Júnior, durante a conversa,  ao ser questionado sobre o interesse em disputar a vice-presidência, o senador descartou a possibilidade de disputar qualquer candidatura. “Não sou candidato a nada. Quero exercer bem o papel de relator. Não quero ser candidato a vice.”, respondeu.

O senador também falou sobre os ataques que vem sofrendo de bolsonaristas, incluindo acusações de que é investigado ou que pode ser parcial por ser pai do governador de Alagoas e sobre como vem conseguindo responder às investigações, em que cerca de dois terços já foram arquivadas por falta de provas.

Sobre a suspeição, o senador afirma que não faz sentido. “Se houver algo de Alagoas a ser investigado, será investigado sim, assim como qualquer outro Estado, mas não pelo pai do governador, mas a comissão designará outro senador para fazer o relatório e eu no final acolherei no relatório final”, ponderou.

Malu também quis saber como Renan Calheiros conseguiu ser reeleito em 2018.

“Na eleição passada, com a política criminalizada foi um horror. Pra você ter uma ideia, no Nordeste só três senadores se reelegeram. Eu em Alagoas, Ciro Nogueira no Piauí e Humberto Costa em Pernambuco. O restante perdeu. No Norte só quatro senadores se reelegeram. No Centro-Oeste em diante, Sul e Sudeste nenhum senador se reelegeu. A política foi devastada por essa criminalização pela participação do Moro do ministério público e de setores da imprensa. Foi esse consórcio que lamentavelmente aconteceu e deu no que deu. Nunca houve uma mudança desse tamanho na vida política do nosso país”, disse Renan.