Política
Tereza Nelma apoia que plenário tenha o nome de Ceci Cunha
Deputada também ressaltou o preconceito que as mulheres sofrem na política

A Câmara dos Deputados teve o dia dedicado a discussões de pautas voltadas às mulheres. Um dos assuntos tratados foi o projeto que dá o nome da ex-deputada federal, Ceci Cunha, ao Plenário 2 do Anexo II da Casa.
A deputada federal, Tereza Nelma estava presente na reunião e declarou ser a favor do projeto. Tereza ressaltou que a carreira de Ceci foi encerrada de forma precoce e trágica. “Homenagear Ceci Cunha é homenagear todas as deputadas que lutam pelos mais necessitados e pela causa da justiça social”, disse.
O Projeto de Resolução nº 71/2020, aprovado nesta quinta-feira (10), de autoria da líder da bancada feminina, Professora Dorinha (DEM-TO), ressalta a garra de Ceci Cunha como a primeira mulher alagoana a ser eleita para a Câmara Federal.
Atualmente, Tereza Nelma é a única mulher alagoana presente na bancada da Câmara, e ressalta que a violência de gênero na política tem tirado a oportunidade de mais mulheres ocuparem espaços de poder. A deputada também destacou o caso de feminicídio que encerrou a carreira de Ceci Cunha “Encerrou precocemente uma carreira parlamentar exemplar e um futuro eminentemente promissor, segundo todos que com ela conviveram no Parlamento”, reforçou durante a leitura do seu relatório.
Homenagens às mulheres
Os nomes de Tereza de Benguela, quilombola e ícone da resistência negra no Brasil colonial; Anésia Pinheiro Machado, aviadora e Decana Mundial da Aviação Feminina pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI), e Marília Chaves Peixoto, matemática e engenheira brasileira, autoridade mundial na área, também darão nome a espaços da Câmara dos Deputados. Todas as propostas já foram aprovadas e promulgadas durante a sessão desta quinta-feira (10).
Presidindo a sessão neste dia, a 1ª Secretária da Câmara, deputada Soraya Santos (PL-RJ), afirmou que as homenagens visam equilibrar melhor a desproporcionalidade no reconhecimento de homens e mulheres nos espaços do Congresso. “É importante defender essa mudança, e agradeço o apoio da Mesa Diretora, que abraçou a ideia. Agora temos nomes femininos em lugares importantes.”
