O Ministério Público de Alagoas (MPAL) denunciou uma médica e representou sua filha adolescente por agressão e lesão corporal contra uma idosa de 77 anos, tia da acusada, em Arapiraca, no Agreste do estado. O caso está sob responsabilidade da 6ª Promotoria de Justiça, e a audiência de custódia foi marcada para esta quarta-feira (12).

De acordo com a promotora de Justiça Viviane Farias, a médica é acusada de atacar a tia com a ajuda da filha. A mulher responderá por ameaça, lesão corporal e corrupção de menores, enquanto a adolescente foi representada por ato infracional análogo à lesão corporal.

O MP solicitou medidas cautelares, como o afastamento da médica da vítima, mas a acusada teria descumprido a determinação judicial, o que levou à sua prisão. A Promotoria informou ainda que vizinhos presenciaram a agressão e acionaram a polícia.

Segundo as investigações, mãe e filha desferiram mordidas, tapas, socos e puxões de cabelo na idosa, que sofreu ferimentos e hematomas nas pernas, mãos e tórax. A vítima também teria sido ameaçada de morte caso procurasse a delegacia.

Durante o depoimento, a adolescente alegou ter apenas revidado uma agressão, enquanto a médica disse que tentava separar a briga. No entanto, o MP sustenta que a mãe incentivou a filha a atacar a tia, o que configura corrupção de menores.

O caso foi encaminhado à 6ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude, responsável por apurar crimes com envolvimento de adolescentes. A Promotoria também reforçou a importância da nova Lei nº 15.163/2025, que endurece punições por violência contra idosos.

Com a nova legislação, penas para maus-tratos e abandono variam de dois a cinco anos de prisão, podendo chegar a 14 anos em casos de morte. O MP destacou que o episódio reforça a necessidade de vigilância e denúncia de crimes contra pessoas vulneráveis.