Polícia

Primo de enfermeira morta em Maceió relata histórico de agressões sofridas pela vítima

Familiares afirmam que Ketyni Maria foi alvo de violência física e psicológica antes do feminicídio

Por Redação 13/10/2025 09h09
Primo de enfermeira morta em Maceió relata histórico de agressões sofridas pela vítima
Primo de enfermeira morta em Maceió relata histórico de agressões sofridas pela vítima - Foto: Reprodução


O primo de Ketyni Maria Gomes da Silva, enfermeira morta por asfixia no sábado (11), em Maceió, relatou nas redes sociais episódios de violência que a vítima teria sofrido durante o relacionamento com o ex-marido, Jeferson Roberto Medeiros dos Santos, apontado como autor do feminicídio. O desabafo foi feito neste domingo (12), um dia após o crime.

“Infelizmente, a minha prima teve a sua vida ceifada por aquele bandido que se diz ex-esposo dela. Depois da morte dela, fiquei sabendo por outras pessoas que já havia episódios de violência”, afirmou o primo.

Ele contou que ouviu do filho mais velho da vítima relatos sobre as agressões. “O filho dela me contou que não queria mais o pai com a mãe, por conta das agressões, por conta da falta de respeito”, disse.

Ketyni foi morta dentro de casa, na Rua Manguaba, bairro São Jorge. O ex-marido se apresentou à polícia poucas horas depois e teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Nelson Tenório de Oliveira Neto.

O depoimento do primo também menciona sinais de violência sexual antes do crime. “Dando uma lida no auto de flagrante, vi que a minha prima teve o top cortado numa tentativa de ele querer abusar dela sexualmente, tendo em vista que eles já tinham terminado e ela não queria mais nada com ele”, declarou.

A família afirmou que Ketyni nunca havia registrado boletins de ocorrência anteriores, mas que o ciclo de violência era conhecido por pessoas próximas.

O casal tinha dois filhos, de 2 e 12 anos. O suspeito confessou o crime e foi autuado por feminicídio, permanecendo preso à disposição da Justiça.

A morte de Ketyni gerou forte comoção em Maceió e acendeu novos alertas sobre casos de violência doméstica e feminicídio em Alagoas. A investigação segue com a Polícia Civil.