O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) deflagrou, nesta quinta-feira (4), a Operação Lignum, que cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Maceió e apreendeu veículos, motocicletas, uma arma registrada, documentos e equipamentos eletrônicos. A ação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf).

O objetivo é desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes fiscais estruturadas e lavagem de bens, com prejuízo estimado em R$ 6,7 milhões aos cofres públicos. Segundo as investigações, o grupo criou seis empresas fictícias, todas registradas em um mesmo endereço, controladas por familiares e “laranjas”. Essas empresas emitiram milhares de notas fiscais ideologicamente falsas para se manterem irregularmente no regime tributário do Simples Nacional, reduzindo o pagamento de tributos e praticando concorrência desleal.

De acordo com o promotor de Justiça Cyro Blatter, coordenador do Gaesf, o esquema afetou diretamente a arrecadação estadual e prejudicou empresas que atuam de forma regular. Documentos apreendidos, como notas fiscais, comprovantes de pagamento e listas de cobrança, reforçam os indícios de sonegação e lavagem de dinheiro. A arma localizada em um dos endereços foi registrada e será submetida a averiguação cautelar.

A operação contou com apoio da Secretaria da Fazenda (Sefaz/AL), Procuradoria-Geral do Estado (PGE/AL), Secretaria de Segurança Pública (SSP/AL), Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica e Secretaria de Ressocialização (Seris/AL).