Nacional
Perícia confirma que metanol foi adicionado a bebidas e não surgiu de destilação natural, em São Paulo
Instituto de Criminalística aponta que substância foi colocada nas bebidas; governo paulista registra 18 casos de intoxicação e três mortes
 
                O Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo informou que, até o momento, as análises realizadas indicam que o metanol encontrado em bebidas alcoólicas foi adicionado e não é resultado de destilação natural.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que participa integralmente das perícias de constatação e concentração das amostras apresentadas pela Polícia Civil, além da análise de rótulos e lacres dos recipientes. O número de garrafas analisadas e as localidades de coleta das amostras não foram informados.
Na segunda-feira (6), o governo de São Paulo já havia confirmado que a Polícia Científica detectou a presença de metanol em bebidas de duas distribuidoras da capital. Em boletim atualizado nesta terça-feira (7), o estado registrou 18 casos de intoxicação por metanol, com três mortes — dois homens, de 54 e 46 anos, moradores da capital, e uma mulher de 30 anos, residente em São Bernardo do Campo.
Linhas de investigação
O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur Dian, afirmou à CNN Brasil que as investigações seguem duas linhas principais sobre a contaminação das bebidas. A hipótese mais aceita é que o metanol tenha sido usado durante a falsificação, de forma acidental ou proposital.
“A gente acha que pode ter sido usado o etanol comprado no posto de gasolina que tenha sido batizado com metanol e, desta forma, a bebida foi contaminada”, explicou Dian.
Apreensões e prisões
De acordo com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), as ações de fiscalização e investigação já resultaram em dezenas de prisões, apreensões e interdições de estabelecimentos. Operações conjuntas da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária levaram à prisão de 41 pessoas e ao fechamento de quatro fábricas clandestinas.
*Com informações da CNN
 



