O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (10) pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros cinco ex-integrantes de seu governo no julgamento da ação penal que apura a trama golpista de 2022 e 2023.

Após mais de 13 horas de leitura, Fux se posicionou contra a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), afirmando que as acusações contra Bolsonaro não possuem provas materiais e se baseiam em “ilações”. Para o ministro, o ex-presidente apenas cogitou medidas de exceção, sem praticar atos que configurassem crime.

Apesar de seu voto, o placar provisório pela condenação de Bolsonaro e de sete aliados segue em 2 a 1, com os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já tendo votado pela condenação. Ainda faltam os votos de Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, previstos para esta quinta-feira (11).

Fux, no entanto, divergiu em relação a outros acusados: defendeu a condenação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, por sua participação ativa em articulações golpistas, e do general Braga Netto, por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Entre os absolvidos pelo voto do ministro estão o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o general Augusto Heleno, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o deputado federal Alexandre Ramagem.