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Mobilização nacional para identificação de pessoas desaparecidas conta com participação de AL

Ação integrada do MJSP com as Polícias Civil e Científica reforça compromisso com a criação de um banco de dados unificado e o enfrentamento ao desaparecimento no Brasil

Por Assessoria 04/08/2025 14h02
Mobilização nacional para identificação de pessoas desaparecidas conta com participação de AL
Coleta de material genético será realizada nos Institutos Médico Legal (IML) de Maceió e Arapiraca - Foto: Ascom Polícia Científica

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) iniciará nesta terça-feira (05), a edição 2025 da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. A campanha, que ocorrerá até o dia 15 de agosto, coletará amostras de material genético para a formação do banco de pesquisa, no intuito de localizar pessoas desaparecidas em território nacional.

A iniciativa reúne os esforços das Polícias Científica e Civil. A ideia é criar uma rede de dados compartilhados — com informações biométricas, fotografias, características físicas e dados civis — que permita cruzamentos rápidos e eficazes para ajudar a encontrar pessoas desaparecidas, inclusive aquelas em situação de vulnerabilidade social.

“Considerando a existência de diversos corpos nos IMLs do Brasil sem identificação, precisamos fazer um chamamento dos familiares de pessoas desaparecidas para coleta de DNA, pois assim muitas famílias poderão fechar um ciclo doloroso da ausência, e após as análises os restos mortais serão entregues aos familiares, e estes poderão vivenciar um luto digno”, disse o delegado Ronilson Medeiros, coordenador de Pessoas Desaparecidas da Polícia Civil de Alagoas.

Segundo dados do MJSP, cerca de 60 mil pessoas desaparecem por ano no Brasil. Muitos desses casos esbarram em entraves burocráticos e na falta de uma base nacional unificada. Com essa mobilização, o ministério pretende mudar esse cenário.

“A integração dos bancos de identificação é um marco histórico na política de enfrentamento ao desaparecimento de pessoas no Brasil. Não se trata apenas de tecnologia, mas de um compromisso humanitário com milhares de famílias que vivem a dor da ausência”, afirmou Bárbara Fonseca, perita criminal e chefe do laboratório forense do Instituto de Criminalística de Maceió.

A mobilização acontece anualmente e serve para dar desfecho aos casos de desaparecimento, um ponto final no sofrimento de famílias que não sabem o paradeiro de seus entes queridos. Ela representa um sopro de esperança. Mais do que números, a ação trata de histórias, reencontros, fechamentos e do direito básico à identidade.