Uma ação promocional de maquiagens anunciada por R$ 10 nas redes sociais causou confusão e aglomeração na manhã desta quinta-feira (12), na Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife. A promoção estava atrelada à inauguração de uma loja de cosméticos e atraiu centenas de pessoas, em sua maioria adolescentes e jovens mulheres, interessadas em adquirir produtos populares ligados a influenciadoras como Franciny Ehlke, Mari Maria e Boca Rosa.

No entanto, a loja responsável pelo anúncio não abriu no horário previsto, permanecendo com as portas fechadas até as 11h. Vídeos publicados nas redes sociais mostram pessoas acampadas em frente ao estabelecimento ainda durante a madrugada, na tentativa de garantir os produtos promocionais.

Sem qualquer comunicado oficial da empresa, o público acabou sendo redirecionado para outro ponto comercial da região, que não tem relação com a marca originalmente anunciada, mas também estava comercializando maquiagens por R$ 10. A entrada nesse novo local foi controlada por um portão parcialmente aberto, numa tentativa de evitar tumultos. Mesmo com o redirecionamento, muitas pessoas insistiram em permanecer em frente à loja original, à espera da abertura.

Diante da possibilidade de confusão generalizada, a Polícia Militar foi acionada para garantir a segurança. “A segurança dos consumidores e dos lojistas estava em jogo. A situação poderia sair do controle a qualquer momento”, afirmou o PM Inácio Oliveira, que participou da operação.

A grande movimentação também afetou o funcionamento de comércios vizinhos, como farmácias e pequenas lojas. Um dos vendedores do estabelecimento que acabou recebendo parte do público relatou surpresa com a situação. “Estamos tentando conter os ânimos da galera e suprir uma expectativa que foi plantada por outra loja. Teve confusão, gente revoltada. Não fomos avisados de nada.”

Mais tarde, a dona da loja responsável pela promoção se pronunciou nas redes sociais, alegando não ter previsto a proporção do evento. Segundo ela, houve tentativa de contato com fornecedores para repor o estoque, mas não obteve retorno.

A influenciadora e empresária Franciny Ehlke, dona de uma das marcas supostamente vendidas na loja, também comentou o ocorrido. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Franciny afirmou estar muito chateada com a situação e criticou a ação: "É impossível cobrar o valor que foi cobrado", afirmou.

Até o fim da manhã, a situação já havia sido parcialmente controlada, mas a repercussão nas redes continuava, com consumidores relatando frustração e desorganização.

*Com informações da Folha de Pernambuco