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Líder religioso diz incorporar entidade para estuprar a própria neta e curá-la da homossexualidade em MG

Após o estupro, a adolescente de 16 anos denunciou o homem, que fechou a casa religiosa e se escondeu. Ele foi encontrado e preso em Uberlândia na manhã desta sexta-feira (12)

Por G1 13/04/2024 09h09
Líder religioso diz incorporar entidade para estuprar a própria neta e curá-la da homossexualidade em MG
Prisão aconteceu em Uberlândia, no Triângulo Mineiro - Foto: Vinícius Lemos/Divulgação

Uma adolescente de 17 anos foi estuprada pelo próprio avô em Uberlândia. O homem, que é líder religioso, afirmou que 'incorporou' uma entidade para manter relações sexuais com a neta, com a justificativa de que iria curá-la da homossexualidade e mudar a sua orientação sexual.

O líder religioso foi preso nesta sexta-feira (12) em uma casa no Bairro Gávea, zona sul da cidade. De acordo com a Polícia Civil, a investigação começou há 2 meses após a adolescente denunciar o estupro. Depois disso, o homem de 58 anos fechou a casa religiosa e estava escondido.

A adolescente contou que os abusos acontecem desde 2022, quando ela buscou auxílio religioso com o avô. Desde então, várias sessões aconteciam com a justificativa de que as entidades iriam curar a jovem da homossexualidade.

Durante os abusos, o homem também incitava que a jovem fizesse o uso de bebidas alcoólicas e cigarros.

A vítima explicou ainda que por diversas vezes tentou interromper os abusos, porém, o avô alegava que caso isso ocorresse, a adolescente poderia desenvolver um câncer ou algum membro da família iria morrer.

A mãe da adolescente descobriu que os abusos estavam acontecendo depois da psicóloga da menina a convencer de contar toda a situação. Em seguida, ela procurou a sede da delegacia da Polícia Civil, quando as investigações começaram.

Através de informações, os investigadores conseguiram encontrá-lo e efetuar a prisão. Ele foi conduzido para a delegacia e após foi levado para o Presídio Professor Jacy de Assis.

A delegada da Mulher de Uberlândia, Daniela Novais Santana, conta que o líder religioso não demonstra nenhuma emoção sobre o ocorrido, alegando a todo o momento que os abusos aconteciam por parte das entidades e que tudo teria uma finalidade religiosa.