Municípios

Número de cidades com dengue em AL sobe para sete

Maravilha, Santana do Ipanema e Senador Rui Palmeira reforçam lista da epidemia

Por Agência Alagoas 01/04/2015 14h02
Número de cidades com dengue em AL sobe para sete
Foto: agência Alagoas

Os municípios de Maravilha, Santana do Ipanema e Senador Rui Palmeira estão em epidemia de dengue, mesmo diante da força-tarefa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para conscientizar a sociedade e prestar assistência técnica e logística aos gestores municipais. Isso significa que as três cidades apresentam uma incidência igual ou superior a 300 casos da doença para cada 100 mil habitantes,  segundo o 11º Boletim Epidemiológico da Dengue, divulgado nesta quarta-feira (1º).

Com isso, o número de municípios alagoanos em epidemia de dengue subiu para sete, uma vez que Major Izidoro, Mata Grande, Ouro Branco e Inhapi já estavam em situação epidêmica. Segundo os dados tabulados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Sesau, o município de Mata Grande apresenta a maior incidência da doença, com uma taxa de 2.765 casos para cada 100 mil habitantes.

 Em seguida aparece Major Izidoro com 2.571 caos, Inhapi com 1.234 e, na quarta colocação do ranking, aparece o município de Ouro Branco, com uma taxa de incidência equivalente a 1.136. Ainda de acordo com os números divulgados pela Sesau nesta quarta-feira (1º), dos 102 municípios alagoanos, 76 já registraram pelo menos um caso de dengue, sendo a maior incidência entre a faixa etária que vai dos 20 aos 39 anos de idade.


Número de casos

O Boletim Epidemiológico da Dengue aponta que, ao comparar os três primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2014, houve um aumento de 50,4% no percentual de casos registrados da doença em Alagoas. Isso porque, enquanto no período de 1º janeiro a 31 de março de 2015 foram registrados 3.608 casos, nos mesmo período do ano passado foram computados 2.399 casos.

 

No entanto, segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, o percentual de formas graves da doença foi reduzido em 46%, passando de 48 em 2014 para 26 em 2015. “Essa situação pode ser atribuída à melhoria da assistência ao paciente com dengue, com atendimento oportuno e eficaz, fruto das capacitações realizadas pela Sesau para médicos e enfermeiros, que contribuem para melhorar o manejo clínico dos pacientes, reduzindo assim os casos de dengue grave”, salientou.

 

Cleide Moreira destacou que o foco da atual gestão é atuar no combate ao vetor da dengue, investindo na formação continuada dos agentes de controle de endemias, que, diariamente, visitam as residências para identificar os focos do mosquito. “Esse trabalho deve ser qualificado, porque os agentes orientam os moradores a adotar boas práticas de eliminação dos criadouros do Aedes aegypti. Também estamos intensificando a supervisão dos agentes municipais e orientando-os para que adotem metodologias mais eficazes no combate ao vetor”.

 Sintomas e Prevenção

 Com relação aos sintomas da doença, Cleide Moreira informou que, ao sinal de febre e dor de cabeça e no corpo, acompanhada de mais dois sintomas, é necessário procurar uma Unidade Básica de Saúde nas primeiras 24 horas, após o início destes sintomas.  “O atendimento deve ser oportuno, evitando o desenvolvimento da forma grave da doença ou o óbito”, enfatizou.

 Mas a diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau alertou que gestores municipais e a população devem permanecer vigilantes para frear o aumento dos casos de dengue em Alagoas. Para isso, segundo ela, é importante que as prefeituras tenham uma ação enfática no combate ao mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor da dengue.

 Cleide salientou que “é necessário intensificar o recolhimento e destino final do lixo urbano, assegurar a limpeza de terrenos baldios, de praças e cemitérios, realizar, drenagem de córregos, e intensificar a fiscalização de cemitérios, oficinas e borracharias para que não deixem ao relento pneus usados”. 

 Quanto à população, Cleide Moreira alerta que é preciso “armazenar a água de consumo adequadamente, cobrindo os reservatórios para evitar a reprodução do mosquito, além de eliminar recipientes sem uso, que possam acumular água e virar criadouros do Aedes aegypti”, informou.