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Justiça condena Hapvida por recusa de cirurgia em caso de emergência

Paciente com gravidez ectópica foi transferida ao SUS após negativa do plano e perdeu ovário e tuba uterina.

Por Redação 13/12/2025 07h07 - Atualizado em 13/12/2025 09h09
Justiça condena Hapvida por recusa de cirurgia em caso de emergência
Hapvida - Foto: Reprodução

A Justiça de Alagoas condenou o plano de saúde Hapvida ao pagamento de R$ 25 mil por danos morais a uma paciente que teve um procedimento cirúrgico negado mesmo diante de um quadro de urgência médica. A decisão foi proferida pelo juiz Gustavo Souza Lima, da 12ª Vara Cível da Capital, nessa sexta-feira (12).

De acordo com o processo, a mulher procurou atendimento em 26 de agosto de 2023 com dores intensas no abdômen. Após a realização de exames, foi constatada uma gravidez ectópica com rompimento da tuba uterina e hemorragia interna, situação que exigia intervenção imediata.

Apesar do diagnóstico, o plano de saúde recusou a autorização da cirurgia e condicionou o procedimento ao pagamento de R$ 23 mil ou à transferência da paciente para a rede pública. Diante da gravidade do quadro, ela foi encaminhada ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde passou pela cirurgia.

Durante o procedimento, realizado ainda com a paciente consciente, houve a retirada do ovário esquerdo e da tuba uterina, o que resultou em comprometimento da capacidade reprodutiva. Na sentença, o magistrado afirmou que a operadora descumpriu o dever de garantir atendimento em situação de urgência ao priorizar critérios financeiros.