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Explosão de galpão com fogos de artifício mata uma pessoa em São Paulo

A explosão principal foi acompanhada por outras menores e várias casas, comércios e carros ao redor foram atingidos.

Por Agência Brasil 14/11/2025 08h08
Explosão de galpão com fogos de artifício mata uma pessoa em São Paulo
Produção ilegal de fogos de artifícios e SP foi totalmente devastada. - Foto: Reprodução/TV Globo

A explosão de um imóvel onde havia fogos de artifício balões e exposivos, na zona leste de São Paulo na noite dessa quinta-feira (13), matou uma pessoa e deixou outras nove feridas.


A casa, que tinha um grande galpão nos fundos, ficou completamente destruída. O acidente aconteceu por volta das 19h43 na rua Francisco Bueno, 79, próxima da Avenida Celso Garcia com a Salim Farah Maluf, no bairro do Tatuapé, e na residência estava apenas uma pessoa, que acabou indo a óbito. A polícia acredita que o corpo seja de Adir Oliveira, de 46 anos. Ele era conhecido por produzir e soltar balões, o que é proibido em São Paulo. Segundo o delegado da Polícia Civil Felipe Soares, a mulher de Adir havia saído da casa um pouco antes da detonação. Ela teve o celular apreendido para investigação.

    A explosão principal foi acompanhada por outras menores e várias casas, comércios e carros ao redor foram atingidos. Além disso, 21 imóveis foram interditados. De acordo com a prefeitura, foram interditados preventivamente 12 imóveis de forma total e 11 de maneira parcial, totalizando 23. O Corpo de Bombeiros foi acionado e seguiu para o local com oito viaturas, assim como também a Defesa Civil e a Guarda Civil Metropolitana (GCM).

    As pessoas feridas foram levadas para um hospital próximo. Quase todas tiveram ferimentos leves, mas uma mulher sofreu traumatismo craniano grave e está no Hospital Nipo-Brasileiro.


    Crime

    Uma câmera de segurança de um local próximo registrou o momento da explosão. Os destroços se espalharam pela faixas da Salim Farah Maluf, provocando a interrupção do trânsito de veículos que passavam por ali naquela hora. Alguns moradores das proximidades também conseguiram flagrar a detonação e mostraram nas redes sociais o cogumelo de chamas e fumaça que se formou muitos metros acima do solo. Segundo o delegado Soares, logo após a explosão houve um grande tumulto no lugar. "Era um cenário de guerra", disse à Agência Brasil.

    Os agentes que foram até a casa pouco após o acidente encontraram material para fabricar balões e também papelão para a produção de rojões.

    A polícia pericia a residência e o galpão e quer determinar o que exatamente o morador, que acredita-se ser Adir, fazia nas dependências. "Explosivos a gente já tem certeza e os indícios levam a crer que também produzia balões". A perícia deve determinar se o responsável recebia ajuda de outras pessoas e ainda como tinha acesso aos explosivos


    Morte

    Devido às condições do corpo encontrado no local da explosão, a polícia ainda não consegue cravar que se trata mesmo de Adir, mas ele era a única pessoa que estava no local no momento da explosão. Oliveira ocupava a casa havia cerca de 40 dias e os vizinhos não o conheciam. Ele tinha passagens pela polícia em 2011 e 2012 por soltar balões. Foi processado em 2015, mas acabou absolvido.

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